«Todos os colonatos israelitas são ilegais e devem cessar imediatamente», reafirma a ONU
O coordenador especial das Nações Unidas para o Médio Oriente, Tor Wennesland, alertou para os esquemas de ocupação israelitas e a contínua expansão dos colonatos na Palestina ocupada, demolindo as habitações e outras instalações dos palestinianos e permitindo que os colonos retornem aos colonatos que foram evacuados em 2005. Destacou que «todos os colonatos são ilegais de acordo com o direito internacional e devem ser travados imediatamente».
Citado pela SANA, agência noticiosa síria, Wennesland indicou num documento dirigido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que as autoridades ocupantes promoveram o estabelecimento de cerca de 310 unidades de colonatos em terras palestinianas. Ao mesmo tempo, só em Abril, demoliram 33 edifícios palestinianos, causando a deslocação de 89 adultos e 45 crianças.
O responsável da ONU denunciou o aumento dos crimes cometidos por colonos contra os palestinianos e os seus repetidos ataques provocatórios contra a Mesquita de al-Aqsa e a Cidade Velha, na Jerusalém ocupada.
Referiu que a recente agressão israelita contra a sitiada Faixa de Gaza resultou na morte e ferimentos de centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, a juntar à morte e ferimentos de numerosos palestinianos na Cisjordânia.
Apelou aos Estados membros da ONU que aumentem o seu auxílio aos palestinianos, incluindo o financiamento da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) e do Programa Alimentar Mundial.
«Devemos adoptar medidas não só para assegurar o bem-estar dos palestinianos mas também como parte integrante do fim da ocupação [da Palestina por Israel], fim esse baseado no direito internacional», disse ainda Tor Wennesland.
Israelitas demolem casas de palestinianos
Fontes palestinianas denunciaram, na segunda-feira, 29, que forças da ocupação israelita demoliram várias habitações em duas zonas da Cisjordânia: a leste da cidade de Jericó e na aldeia de Belém.
A justificação dos crimes, pelas autoridades militares israelitas, é a de que as habitações foram construídas sem autorização.
A plataforma Palestina Livre informou, na semana passada, que representações diplomáticas de um grupo de países europeus divulgaram um comunicado em que instam Telavive a mandar parar as demolições de casas de palestinianos.
«As missões diplomáticas pedem a Israel que detenha todas as confiscações e demolições na Cisjordânia ocupada, que devolva ou compense os bens humanitários financiados por doadores e permita o acesso humanitário sem entraves», lê-se no texto.
Entretanto, os crimes de Israel contra o povo palestiniano e as suas agressões contra o Líbano e a Síria continuam impunes, graças à cumplicidade dos EUA e da UE.