Grécia a caminho de novas eleições

A Grécia deverá realizar novas eleições legislativas, a 25 de Junho, depois de a votação realizada no passado domingo não ter resultado numa maioria absoluta e de não ser apontado como provável um entendimento entre diferentes forças políticas.

Direita grega pretende continuar a governar com maioria absoluta

Na segunda-feira, o dirigente da Nova Democracia, de direita, e actual primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, vencedor das eleições legislativas do dia 21, recusou a possibilidade de formar um governo de coligação.

No dia seguinte, o líder da Aliança Progressista da Esquerda Radical (Syriza), Alexis Tsipras, rejeitou também o mandato para formar um governo de coligação.

Tsipras anunciou a sua decisão, já esperada, numa reunião com a presidente grega, Katerina Sakellaropoulou. «Não há uma correlação de forças políticas para um governo conjunto e por isso cumpri a minha obrigação institucional de vir dizer que não assumirei o mandato», indicou.

Depois das duas recusas, a presidente grega, de acordo com as normas constitucionais, convidará o líder da terceira força política mais votada, o Pasok-Movimento para a Mudança, chefiado por Nikos Androulakis, que também não deve aceitar a missão de formar governo.

Face ao impasse, serão convocadas novas eleições parlamentares, já marcadas para 25 de Junho. A legislação eleitoral grega prevê, num caso destes, um bónus até 50 lugares no parlamento ao partido mais votado, pelo que a Nova Democracia espera assim conquistar a maioria absoluta e poder formar um governo.

Nas eleições de 21 de Maio, a Nova Democracia obteve 40,79% dos votos (146 dos 300 deputados no parlamento). O Syriza conseguiu 20,07% (71 lugares), o Pasok conquistou 11,46% (41 lugares) e o Partido Comunista da Grécia subiu para 7,23% (26 deputados). O Hellenic Lisi, de direita, teve 4,45% (16 assentos).




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