Adesão da Finlândia à NATO é acrescida ameaça à paz
Assinalando na terça-feira, 4, os 74 anos da NATO, cumpridos nesse mesmo dia, o CPPC considera que a adesão da Finlândia a esse bloco político-militar «constitui um motivo de preocupação pelo que representa de aumento de insegurança e acrescida ameaça à paz, atendendo ao caráter belicista desta organização».
Com mais este alargamento, a NATO passa a ser constituída por 31 países, que juntos representam já cerca de 70 por cento do total de gastos militares em todo o mundo, sendo que o objectivo assumido é aumentá-los ainda mais. Criada em 1949 por 12 países (incluindo Portugal, então sob a opressão de uma ditadura fascista), a NATO não cessou de se alargar, principalmente na última década do século XX, na sequência do desaparecimento da União Soviética e do Pacto de Varsóvia (criado em 1955, seis anos após a NATO). Na mais recente cimeira, realizada no ano passado em Madrid, foi decidido alargar o seu âmbito de intervenção à região Ásia-Pacífico, «visando, particularmente, a China».
Lembrando as guerras da NATO ao longo dos anos, a permanente tensão, a corrida armamentista, o CPPC reafirma a urgência da dissolução deste bloco político-militar, que considera um «instrumento belicista ao serviço dos interesses dos EUA e da sua agenda hegemónica». E destaca a validade dos princípios da Carta das Nações Unidas e da Acta Final da Conferência de Helsínquia, pelos quais, garante, se continuará a bater.