Pela valorização dos não docentes
A greve dos trabalhadores não docentes das escolas da rede pública, no dia 3, sexta-feira, teve uma adesão estimada em 85 por cento, pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, que nesse dia promoveu também uma manifestação em Lisboa, desde a Estrela até ao Ministério da Educação.
Aqui compareceram, a expressar apoio, a Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, e o coordenador da federação, Sebastião Santana.
Alma Rivera, do Comité Central do PCP e deputada, reafirmou a solidariedade do Partido à luta destes trabalhadores.
Naquele dia, embora em greve, muitos trabalhadores tiveram de permanecer nas suas escolas, porque foram decretados serviços mínimos para «outra greve, convocada por um sindicato oportunista», como explicou Artur Sequeira à agência Lusa. Em declarações prestadas durante uma concentração no exterior da Escola Artística António Arroio, de manhã, o dirigente destacou as exigências de valorização dos salários, criação das carreiras específicas extintas em 2008 (auxiliar de acção educativa, assistente de acção educativa, assistente de administração escolar), regresso dos trabalhadores aos quadros do Ministério da Educação (com reversão da municipalização), revisão da «portaria de rácios» para responder à falta de pessoal não docente na generalidade das escolas.
Na luta pela dignificação da carreira não docente, a FNSTFPS insere igualmente as reivindicações de abertura de negociações em resposta ao caderno reivindicativo, fim da precariedade e melhores condições de trabalho.