Palestina condena massacre israelita

Mais um crime contra o povo palestiniano foi perpetrado pelas forças de ocupação israelitas: o exército de Telavive matou 11 pessoas e feriu mais de uma centena, numa operação militar na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada.

Exército de Telavive matou 11 pessoas e feriu mais de 100 em Nablus

Partidos, políticos, activistas e diversas organizações palestinianas condenaram o massacre perpetrado no dia 22 de Fevereiro pelo exército israelita na cidade de Nablus, na Cisjordânia, matando 11 pessoas e ferindo mais de uma centena.

«Trata-se de um novo acto de terrorismo de Estado, através do qual o governo de Telavive procura distrair a opinião pública israelita da crise nacional que enfrenta», denunciou o primeiro-ministro palestiniano, Muhammad Shtayyeh, aludindo às manifestações em Israel, desde há dois meses, contra uma polémica reforma judicial proposta pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção. Shtayyeh apelou às Nações Unidas a pôr fim à sua política de dois pesos e duas medidas que «encoraja Israel a continuar a sua agressão contra o nosso povo».

Por seu lado, o porta-voz presidencial palestiniano, Nabil Abu Rudeina, advertiu que a escalada de violência provocada por esta e outras acções favorecem uma situação explosiva na região. Os Estados Unidos da América «devem adoptar medidas imediatas e executar uma pressão efectiva sobre o seu aliado», exigiu.

Também o ministério dos Negócios Estrangeiros e dos Expatriados criticou «o ataque sangrento cometido pelas forças de ocupação».

«Este massacre confirma o verdadeiro rosto dos racistas e da criminosa ocupação israelita, que pratica o terror e os assassinatos contra os palestinianos todos os dias sem ter em conta as leis e os tratados internacionais, nem os sentimentos humanos», afirmou o presidente do Tribunal Supremo, Mahamoud Al-Habash. Este responsável instou o povo palestiniano a pôr fim às suas diferenças, advertindo que os israelitas «não fazem distinção entre palestinianos, partidos ou cidades».

O ministério da Saúde palestiniano reportou 10 mortos, incluindo um menor e uma idosa, e 102 feridos (um dos quais veio posteriormente a falecer), causados pelo assalto do exército israelita a Nablus, cidade do norte da Cisjordânia ocupada.

Desde o início de 2023, militares e colonos israelitas mataram 60 palestinianos, incluindo 12 crianças e dois idosos, de acordo com dados citados pela agência noticiosa WAFA.

Israel bombardeia uma vez mais Gaza
Aviões israelitas bombardearam uma vez mais, no dia 23, áreas da faixa de Gaza, alegando o lançamento a partir dali de seis foguetes em represália pelo assassinato de 11 palestinianos durante uma operação do exército de Telavive em Nablus.

No início deste ano, o Centro Al Mezan para os Direitos Humanos denunciou que mais de 2140 palestinianos morreram entre 2000 e 2022 em resultado de bombardeamentos da aviação israelita contra a faixa de Gaza, onde vivem dois milhões de palestinianos.

Nesse período, de acordo com a organização não governamental, os mísseis e bombas israelitas mataram 378 menores de idade e 86 mulheres na faixa costeira do território palestiniano.

Outros dados, esses da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, indicam que o custo acumulado do bloqueio israelita a Gaza e as restrições económicas impostas totalizaram 16 mil e 700 milhões de dólares entre 2007 e 2018, uma verba equivalente a seis vezes o PIB (Produto Interno Bruto) da região.

 



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