«Negociar em vez de disparar», exigem manifestantes em Munique
Milhares de pessoas saíram no sábado, 18, às ruas da cidade alemã de Munique para protestar contra a 59.ª Conferência de Segurança que ali teve lugar no fim de semana.
Na capital do Estado federado da Baviera, terceira cidade mais populosa da Alemanha, os manifestantes entoaram palavras de ordem contra a reunião da NATO e aliados.
«Negociar em vez de disparar» e «Desarmar em vez de rearmar» foram consignas entoadas pelos participantes no protesto, mobilizado por uma plataforma contra a NATO, o militarismo, o nacionalismo, o anti-semitismo e o racismo.
Cerca de cinco mil agentes da polícia foram mobilizados em Munique para garantir a segurança na área da conferência, que reuniu ao redor de 40 chefes de Estado e de governo, assim como mais de 90 ministros, dirigentes de organizações internacionais e outros políticos, tendo a guerra na Ucrânia como tema central.
Protesto em Washington
contra apoio dos EUA à Ucrânia
Em Washington, no domingo, 19, realizou-se um protesto semelhante ao de Munique. Com cartazes responsabilizando o presidente Joe Biden pela sabotagem dos gasodutos Nord Stream e críticas à participação dos Estados Unidos da América (EUA) no conflito entre Ucrânia e Rússia, centenas de cidadãos concentraram-se no recinto junto do memorial a Abraham Lincoln e expressaram o seu descontentamento.
«Biden fez explodir o Nord Stream», dizia um cartaz dos manifestantes, que apelavam ao combate à «máquina de guerra» norte-americana, repudiando o apoio armamentista multimilionário à Ucrânia desde o início do conflito, com grandes lucros para os fabricantes de armas. Segundo o Departamento de Estado, o governo norte-americano enviou no último ano mais de 29 mil milhões de dólares em assistência militar para Kiev.
A manifestação contra a guerra, segundo os organizadores, foi planeada para protestar contra a saída maciça de dinheiro para a Ucrânia e contra o papel dos EUA no conflito. «Milhares de milhões de dólares dos contribuintes estão a ser queimados para sustentar o altar da hegemonia norte-americana, o complexo militar-industrial e um Congresso corrupto», denunciaram.
Uma ex-oficial das forças armadas norte-americanas, Anna Wright, participante na manifestação, apelou aos concidadãos no sentido de pressionar o Congresso a travar o envio de recursos para a Ucrânia. «Estou aqui para pedir aos norte-americanos que pressionem os seus congressistas para deter o apoio militar e começar as negociações de paz», declarou.