O Avante!, que teve a 15 de Fe­ve­reiro de 1931 a sua pri­meira pu­bli­cação, faz agora 92 anos de vida. Uma hon­rosa idade para quem, ao longo da sua his­tória, como órgão cen­tral do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, sempre se pautou – e por vezes em con­di­ções tão ad­versas – por servir os in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo: re­sis­tindo ao fas­cismo e in­ter­vindo para o der­rubar; lu­tando na Re­vo­lução de Abril pelos seus avanços e con­quistas; fa­zendo frente à contra-re­vo­lução; re­sis­tindo à po­lí­tica de di­reita; ba­tendo-se por uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, parte in­te­grante da luta por uma de­mo­cracia avan­çada ins­pi­rada nos va­lores de Abril, pelo so­ci­a­lismo e o co­mu­nismo.

Hoje, nas suas 32 pá­ginas se­ma­nais, como em edi­ções es­pe­ciais, o jornal re­flecte, como mais ne­nhum o faz, as as­pi­ra­ções e an­seios po­pu­lares, os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores e do povo, as suas lutas e rei­vin­di­ca­ções – contra a ex­plo­ração e o em­po­bre­ci­mento, por me­lhores sa­lá­rios e di­reitos, por uma vida digna.

De facto, o Avante! é o jornal que dá voz aos que não têm voz, que in­forma, com ver­dade e ob­jec­ti­vi­dade, o que ou­tros calam e ocultam.

O Avante! é o jornal de que os tra­ba­lha­dores e o povo pre­cisam para se in­for­marem com ver­dade sobre aquilo que lhes diz res­peito: os seus di­reitos, as suas con­di­ções de vida, as suas pró­prias vidas. Nas suas pá­ginas, se­mana após se­mana, repõe-se a ver­dade que as te­le­vi­sões não mos­tram, as rá­dios não falam, os jor­nais não es­crevem, eleva-se o nível cul­tural de quem as lê.

Di­vulgar, vender, ler

São imensas as po­ten­ci­a­li­dades por ex­plorar no alar­ga­mento da di­vul­gação e venda do Avante!, como foi re­co­nhe­cido na Con­fe­rência Na­ci­onal do PCP de 12 e 13 de No­vembro, que as­sumiu a de­cisão de re­a­lizar, entre Abril deste ano e Maio de 2024, uma cam­panha na­ci­onal para au­mentar a sua pro­moção e venda re­gular, com o ne­ces­sário for­ta­le­ci­mento das es­tru­turas com essa fi­na­li­dade.

Por isso mesmo, para as or­ga­ni­za­ções e mi­li­tantes do PCP, mas também para muitos ou­tros de­mo­cratas e pa­tri­otas que, não sendo mem­bros do Par­tido, com ele par­ti­lham pre­o­cu­pa­ções co­muns sobre a si­tu­ação que es­tamos a viver e com o fu­turo de Por­tugal – e para quem o Avante! é um órgão de in­for­mação in­dis­pen­sável para co­nhe­ci­mento da si­tu­ação na­ci­onal e in­ter­na­ci­onal, mas também um ins­tru­mento ao ser­viço da luta por uma so­ci­e­dade me­lhor –, é de ex­tra­or­di­nária im­por­tância a pro­moção, di­vul­gação, venda e lei­tura do Avante!.

Ou seja, é pre­ciso e é pos­sível re­forçar o Avante!, me­lhorá-lo, captar novos lei­tores, fi­de­lizar os que já o são, alargar a sua di­fusão, chegar mais longe com a voz do PCP, chegar onde ela pre­cisa de ser mais ou­vida: junto dos tra­ba­lha­dores, dos re­for­mados, dos jo­vens, das mu­lheres, dos micro, pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios e agri­cul­tores. Em suma, de todas as ca­madas an­ti­mo­no­po­listas.

Para isso, é pre­ciso pro­mover a sua venda re­gular, con­tac­tando os mem­bros e sim­pa­ti­zantes do Par­tido para que o ad­quiram se­ma­nal­mente (ela­bo­rando, por exemplo, lis­ta­gens de pos­sí­veis lei­tores e com­pra­dores), alar­gando e re­ju­ve­nes­cendo o nú­mero dos que as­sumem a ta­refa da sua dis­tri­buição, va­lo­ri­zando-a no âm­bito da res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros.

Mas é pre­ciso também di­vulgar o Avante! junto de muitos ou­tros po­ten­ciais com­pra­dores e lei­tores, de de­mo­cratas e pa­tri­otas, dos tra­ba­lha­dores e do povo, de todos aqueles que se pre­o­cupam e lutam por uma vida me­lhor, por um Por­tugal com fu­turo. É pre­ciso pro­mover a sua venda or­ga­ni­zada e re­gular na praça pú­blica, à porta ou dentro das em­presas ou local de tra­balho, junto aos mer­cados ou zonas de grande cir­cu­lação de pes­soas, fazê-lo chegar a vi­zi­nhos e amigos.

Tudo isto numa si­tu­ação em que é de con­si­derar a re­a­li­zação de edi­ções e ac­ções es­pe­ciais, o alar­ga­mento e den­si­fi­cação da con­tri­buição re­dac­to­rial, o es­trei­ta­mento da li­gação com as or­ga­ni­za­ções com vista ao for­ne­ci­mento de in­for­ma­ções, no­tí­cias e su­ges­tões – para que o tra­balho jor­na­lís­tico do Avante! pro­jecte as lutas, si­na­lize os pro­blemas, dê voz às as­pi­ra­ções po­pu­lares.

Com­pro­misso fun­da­mental

Ora, re­for­çando a im­prensa par­ti­dária con­tribui-se também para o re­forço do Par­tido e da sua ini­ci­a­tiva po­lí­tica, para dar res­posta aos pro­blemas dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País, para animar a luta, para afirmar a po­lí­tica al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda que o PCP de­fende e propõe ao povo por­tu­guês para pro­jectar os va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal.

Esta é uma ta­refa e um com­pro­misso fun­da­mental quando co­me­mo­ramos este novo ani­ver­sário do Avante!: in­formar, es­cla­recer, formar po­lí­tica, ide­o­ló­gica e cul­tu­ral­mente todos os que, dentro ou fora do Par­tido, as­sumem este com­pro­misso de cons­truir um pre­sente e um fu­turo me­lhor e mais justo para os tra­ba­lha­dores, o povo e o País.

Sendo o Avante!, com estas ca­rac­te­rís­ticas, um jornal único, atrac­tivo, com uma di­ver­si­dade te­má­tica e in­for­mação que, pela sua na­tu­reza, não é pos­sível obter em ne­nhum outro órgão da co­mu­ni­cação so­cial, com tanto po­ten­cial para me­lhorar, quão vasto é o campo para o alar­ga­mento da sua di­fusão e venda?

Mãos à obra, então!