1935 – Nasce o «livro de bolso»

O nas­ci­mento dos «li­vros de bolso» é atri­buído à cri­ação das edi­ções Pen­guin por Allen Lane, em In­gla­terra. Em­bora em 1905 já fossem co­mer­ci­a­li­zados, pelas edi­ções Jules Tal­lan­dier, li­vros com essa de­sig­nação, tra­tava-se apenas da cha­mada li­te­ra­tura de es­tação, pe­quenos ro­mances po­pu­lares, sem pre­o­cu­pa­ções de qua­li­dade. Allen Lane Wil­liams in­gressou na edi­tora Bo­dley Head em 1919 como aprendiz do tio, fun­dador da em­presa John Lane, de que virá a ser editor-chefe após a morte da­quele. Funda a Pen­guin Books como parte da Bo­dley Head, em 1934, e a em­presa au­to­no­miza-se um ano de­pois. A aposta em li­vros de qua­li­dade a baixo preço ter-se-á ins­pi­rado na edi­tora Al­ba­tross Books de Ham­burgo, fun­dada em 1932, a pri­meira a pro­duzir li­vros de bolso para o grande pú­blico. O nome, Al­ba­troz, ex­pressa o de­sejo de uni­ver­sa­li­dade, pois a pa­lavra é idên­tica em vá­rias lín­guas eu­ro­peias. Ven­cendo re­sis­tên­cias de li­vreiros e au­tores, Allen Lane apostou na qua­li­dade das obras e na sua apre­sen­tação, pois como dizia «um bom de­sign não é mais caro do que um ruim». Criou também a Pe­lican Books, para li­vros de não ficção. Quase duas dé­cadas de­pois, em 1953, o novo for­mato chega a França pela mão de Henri Fi­li­pachi, das edi­ções Ha­chette, que cria o «Livre de Poche», um su­cesso até hoje.