CGTP-IN intensifica mobilização para 2023
O Conselho Nacional da CGTP-IN alertou que «a situação actual e os problemas que se colocam para o próximo ano exigem uma maior e mais intensa acção dos trabalhadores, esclarecimento e mobilização».
A pobreza deve ser erradicada com o aumento de salários e pensões
O órgão dirigente da confederação, reunido no dia 15, defendeu igualmente a necessidade de «intensificação da acção reivindicativa, sindicalização e reforço da organização», assinalando que é «fundamental a realização do maior número de plenários e reuniões com os trabalhadores».
Na resolução «É urgente responder aos problemas dos trabalhadores! Mais salário e garantia de direitos!», divulgada no final da reunião, o Conselho Nacional da Intersindical destacou três decisões:
– Convocar para 9 de Fevereiro de 2023 um «Dia Nacional de Indignação, Protesto e Luta»;
– Dar continuidade à campanha nacional de defesa e reforço do SNS público, universal e gratuito;
– Convocar o XV Congresso da CGTP-IN para os dias 23 e 24 de Fevereiro de 2024, no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha (Seixal).
Salários contra pobreza
As conclusões da reunião foram apresentadas, em conferência de imprensa, pela Secretária-geral, acompanhada por Andreia Araújo, Luís Leitão e Joaquim Mesquita, membros da Comissão Executiva do CN da CGTP-IN.
Isabel Camarinha começou por observar que, num balanço ainda não final, foi «muitíssimo» valorizada a realização da semana nacional de luta (que tratamos nas páginas seguintes), bem como o desenvolvimento de um grande conjunto de acções em empresas, serviços e sectores.
A propósito do apoio de 240 euros, anunciado pelo Governo, a dirigente frisou que, desta forma, fica reconhecido que há cerca de um milhão de famílias em situação de grande carência. Mas, para a CGTP-IN, essa pobreza, que afecta muitas famílias de trabalhadores, erradica-se através do aumento dos salários e das pensões, reafirmou.
Saudando todos os trabalhadores que têm estado em luta, a CGTP-IN realçou os resultados obtidos em muitas empresas e serviços, designadamente: aumentos intercalares ou extraordinários dos salários, em vários casos acima de cem euros; melhoria de outras prestações e subsídios; regulação de horários de trabalho, passagem a efectivos de trabalhadores com vínculos precários; garantia do exercício da actividade sindical.
O Conselho Nacional reafirmou a exigência de respostas imediatas ao brutal aumento do custo de vida, por via do aumento de salários e pensões, limitação dos preços de bens e serviços essenciais e aplicação de um imposto sobre os lucros colossais das grandes empresas.
Foram também reiteradas as reivindicações para o próximo ano, a começar pelo aumento dos salários em, pelo menos, 10 por cento, e num valor não inferior a cem euros, para todos os trabalhadores, e a fixação do salário mínimo nacional em 850 euros, em Janeiro.