Lutas de professores mostram grande descontentamento

«As úl­timas se­manas têm sido mar­cadas por um grande des­con­ten­ta­mento dos pro­fes­sores e edu­ca­dores», des­tacou a Fen­prof, numa nota di­vul­gada dia 18, de­cla­rando-se «so­li­dária com todos os pro­fes­sores em luta».

Nas «mais di­versas ma­ni­fes­ta­ções da­quele des­con­ten­ta­mento», a fe­de­ração in­clui a «forte par­ti­ci­pação em reu­niões de es­cola a vi­gí­lias, pro­testos de rua junto do mi­nistro João Costa ou a pre­sença de mi­lhares de pro­fes­sores junto à As­sem­bleia da Re­pú­blica, no dia 17».

Pe­rante o «com­plexo quadro que se vive na Edu­cação», a Fen­prof re­a­firmou «a ne­ces­si­dade de os pro­fes­sores lu­tarem contra as pro­postas do Mi­nis­tério, para re­visão do re­gime de con­cursos», e ma­ni­festou-se «so­li­dária com todos os que o têm feito, in­de­pen­den­te­mente da forma por que op­taram».

No dia 15, numa vi­gília em Lisboa (junto da DGEstE), as lutas de­ci­didas foram elen­cadas por Mário No­gueira.

Até 10 de Ja­neiro, como se re­fere numa nota da Fen­prof, o ME de­verá «re­cuar nas suas in­ten­ções, apre­sentar novas pro­postas para a re­visão do re­gime de con­cursos e ini­ciar pro­cessos ne­go­ciais re­la­tivos a ou­tras ques­tões» (re­cu­pe­ração do tempo de ser­viço con­ge­lado, fim da pre­ca­ri­e­dade e das quotas na ava­li­ação, re­gime de apo­sen­tação).

Se assim não for, ha­verá «uma greve por dis­tritos, ao longo de 18 dias, com início a 16 de Ja­neiro».

A Fen­prof e os seus sin­di­catos, jun­ta­mente com ASPL, Pró-Ordem, Se­pleu, Si­nape, Sindep, SIPE e SPLIU, pro­mo­veram 19 vi­gí­lias, em de­fesa de uma pro­fissão do­cente com fu­turo, em que par­ti­ci­param mi­lhares de pro­fes­sores, nas ci­dades de: Porto, Braga, Vila Real, Chaves e Bra­gança (dia 12); Coimbra, Aveiro, Viseu, Guarda, Cas­telo Branco e Leiria (dia 13); Évora, Beja, Por­ta­legre e Faro (dia 14); Lisboa, Caldas da Rainha, San­tarém e Se­túbal (dia 15).

 



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