Milhares de empresas em situação potencialmente explosiva
A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) chama a atenção para a situação potencialmente explosiva em que se encontram as micro, pequenas e médias empresas (PME) que subscreveram os financiamentos e as linhas de crédito «amplamente impingidas» pelo Governo, como forma de enfrentar as dificuldades pela pandemia ou outras situações de calamidade.
Em nota de 7 de Novembro, a CPPME lembra que em 2020 e 2021, perante a total ou parcial paralisação da actividade económica decretada pelo Executivo PS, tal como está a acontecer agora com a escalada inflacionista de todos os custos de produção e tem vindo a acontecer em todas as situações de calamidade natural ocorridas na última década, a maior parte dos «apoios governamentais» traduziu-se no «aumento do endividamento, através da subscrição de linhas de crédito e outros instrumentos bancários, exaltando as vantagens das taxas negativas da Euribor e da bonificação dos spreads».
Com a situação a modificar-se e a agravar-se, a Confederação exige do Governo «medidas imediatas e vigorosas» de salvaguarda de dezenas de milhares de empresas afectadas, evitando a degradação da sua condição económica e financeira, o despedimento de muitos trabalhadores e, até, no limite, o encerramento de muitas delas.