Na conferência de imprensa de domingo, Jerónimo de Sousa informou que o Comité Central regista o «amplo e empenhado debate realizado pelo colectivo partidário por todo o País, num ambiente de unidade e coesão». Valorizou, ainda, as importantes contribuições dadas para o enriquecimento das análises e das orientações que sairão da Conferência.

Este amplo debate, prosseguiu o Secretário-geral, «confirma, nos aspectos essenciais, a análise inclusa no Projecto de Resolução da Conferência, nomeadamente em torno das grandes linhas da tomada de iniciativa política para a solução de problemas mais urgentes com que os trabalhadores e o povo português se confrontam». E destacou algumas delas:

«Tomar a iniciativa pelo aumento geral dos salários, assumido como uma emergência nacional no sector privado e na Administração Pública, com um significativo aumento do salário médio e do aumento do Salário Mínimo Nacional.

«Tomar a iniciativa pela promoção dos direitos das crianças e dos pais. Direitos que a política de direita nega, travando o desenvolvimento integral das crianças e agravando ainda mais o défice demográfico.

«Tomar a iniciativa pela valorização das reformas e pelo direito a envelhecer com qualidade de vida.

«Tomar a iniciativa na defesa e valorização das funções sociais do Estado e dos serviços públicos. É preciso defender todos os serviços públicos, mas na saúde, na educação e na segurança social isso assume particular urgência.

«Tomar a iniciativa em defesa da cultura com a valorização dos direitos dos artistas e profissionais do sector e pelo reforço do investimento público com o objectivo de 1% para a cultura.

«Tomar a iniciativa pela valorização da produção nacional. Uma opção que exige diversificar a actividade produtiva e as relações económicas e substituir importações por produção nacional. Recuperar o controlo público sobre empresas e sectores estratégicos.

«Tomar a iniciativa em defesa do ambiente e pelo acesso à água que é um direito e não deve ser um negócio.

«Tomar a iniciativa pelo direito à habitação, à mobilidade e aos transportes públicos.

«Tomar a iniciativa na defesa do regime democrático e dos valores de Abril. Desde logo exercendo os direitos alcançados, denunciando a política de direita, combatendo a ofensiva reaccionária, desmontando a ditadura do pensamento único, combatendo o racismo e a xenofobia, o ódio fascizante e todo o tipo de discriminações.»

Para Jerónimo de Sousa, tal como se propunha e projectava, a Conferência Nacional «contribuirá para dar uma confiante perspectiva de futuro à luta do PCP e à luta dos trabalhadores e do nosso povo, por uma vida melhor e pelo desenvolvimento do País».

Horário

As portas do pavilhão do Alto do Moinho abrem às 9h00 da manhã de sábado, 12, para a Conferência Nacional do PCP. A primeira sessão inicia-se às 10h30. Os trabalhos terminam no domingo pelas 13h00.

Como chegar à Conferência Nacional

Há várias formas de chegar ao Pavilhão do Alto do Moinho, no concelho do Seixal. O comboio da Fertagus é uma excelente opção, pois da estação até ao local da conferência são cerca de 1000 metros. Para quem vier de Lisboa, o tempo de viagem é de 19 minutos, embarcando em Entrecampos – nesta estação, os comboios são aos minutos 15 e 45 de cada hora. À tarde, as partidas de Corroios para Lisboa são aos minutos 4 e 34.

O Metro Sul do Tejo é outra possibilidade, com a paragem Corroios situada junto à estação ferroviária. Há ainda três autocarros da Carris Metropolitana que servem o local da conferência: 3511, Cacilhas-Vale de Milhaços, com paragem na estação de Corroios e no pavilhão; 3514, Cacilhas-Vale de Milhaços, com paragem na estação de Corroios e no pavilhão; 3715, Marquês de Pombal-Santa Marta do Pinhal.

De transporte próprio, os acessos são bons e bem sinalizados. Quem vier pela Ponte 25 de Abril, deve sair para Almada, seguir na direcção da Cova da Piedade e virar à direita na EN10, na direcção de Corroios, onde existe sinalização para o Alto do Moinho.

Da Ponte Vasco da Gama, o percurso é feito pelo IC13 (indicação Montijo/Barreiro) entrando na A2 em direcção a Almada/Lisboa, saindo para o Seixal e continuando em frente na EN10 até Corroios. Esta é igualmente a saída para quem vem do Sul pela A2.

Já em Corroios, na primeira rotunda e seguintes, deve procurar-se a indicação para o Alto do Moinho. Após a passagem do túnel sob a via férrea e a auto-estrada, vira-se à direita em nova rotunda para o Alto do Moinho, e ao cimo, à esquerda, na indicação Pavilhão Municipal do Alto do Moinho.

Aqueles, que por motivo de força maior, não tenham possibilidades de assistir aos trabalhos da conferência como convidados, poderão acompanhá-los através do sitio do PCP na Internet.