Para a Confederação Portuguesa de Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME), as medidas apresentadas recentemente pelo Governo «ignoram em absoluto» as «dificuldades de sobrevivência de muitas micro, pequenas e médias empresas (MPME)», que «não conseguem fazer face ao aumento dos custos de funcionamento, devido à espiral inflacionária».

«O que avançam de mais significativo corresponde a 900 milhões de euros de endividamento de forma abrangente para todas as empresas», esclarece a CPPME, salientando que – além do programa de formação em contexto de produção, que as empresas há muito vêm reclamando – todas as outras outras propostas do Executivo PS «não são adequadas ao aumento global dos custos com matérias-primas e energia (combustíveis, electricidade, gás natural e gás propano), que se tem vindo a verificar».

Em alternativa, as MPME reclamam a reposição dos apoios à retoma nos sectores mais afectados pela pandemia, através de ajudas à tesouraria, a fundo perdido, adequadas às fragilidades evidenciadas pelas empresas, apenas condicionadas pela manutenção e criação de postos de trabalho.