Na forja para servir o PCP
Tiago e André têm sensivelmente a mesma idade, 19 e 21 anos. Ambos estudam no Ensino Superior em Lisboa – Informática no Instituto Superior Técnico (IST), o primeiro, e Ciência Política no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), o segundo.
Tiago e André partilham igualmente o facto de terem despertado para a intervenção política no final do Ensino Secundário e, desde então, não mais terem largado a militância revolucionária, tendo igualmente em comum a inscrição recente no PCP. Mas puxemos a história um pouco mais atrás.
Tiago é filho de um membro do Partido, mas a filiação comunista do pai não teve um peso determinante no seu percurso. Quando se mudou de Coimbra para Lisboa, com ingresso garantido no IST, trazia na bagagem um crescente interesse pela política nacional, pela realidade dos trabalhadores e estudantes que o rodeavam, assim como alguma pesquisa sobre questões políticas e ideológicas, relatou-nos. Inscreveu-se na Juventude Comunista Portuguesa (JCP) porque se identificava «com a forma de organização, a importância do trabalho colectivo e do estímulo à participação popular».
Inicialmente, a sua integração foi feita através da presença em debates, tribunas públicas, distribuições de comunicados e propaganda da «jota». Paulatinamente, foi participando no colectivo do Técnico, o qual foi crescendo, levando a que tenha assumido a responsabilidade pelo acompanhamento da organização.
No PCP, milita há pouco tempo e, em rigor, continua a entregar o melhor da sua determinação e energia revolucionária à JCP antes de abraçar outro patamar de militância.
Também na forja para servir o PCP e a causa da emancipação social dos trabalhadores, André entrega-se ao trabalho político na JCP, militando não apenas no colectivo da sua faculdade, mas acompanhando outras duas escolas superiores – uma que tem colectivo e outra onde este não existe, mas na qual se pretende que os jovens comunistas passem a estar, não apenas a ir.
Este jovem comunista que, aos 20 anos, ao ver tantos camaradas numa iniciativa no ISCTE, decidiu «dar o passo» da militância, integra a direcção do Ensino Superior de Lisboa da JCP.
Tal como Tiago, também a adesão de André ao Partido é convicta, significa uma manifestação da vontade de, desde já, continuar um percurso vinculado à causa dos explorados pelo fim da exploração do homem pelo homem. Contudo o fundamental do trabalho político deste jovem comunista – que vive na Charneca da Caparica, já teve alguma experiência laboral e agora pretende concluir a sua licenciatura –, faz-se na JCP.
Cá nos vemos, então, porque cá estamos para ficar, camaradas.