PCP no Parlamento Europeu em defesa do sector do táxi
Os deputados do PCP no Parlamento Europeu reuniram-se no dia 7 com representantes portugueses do sector do táxi que se deslocaram a Bruxelas para participar na «Mega manifestação dos táxis europeus».
Na reunião, os deputados comunistas tiveram oportunidade de ouvir as preocupações do sector relativamente à promiscuidade entre as multinacionais e o poder político, à liberalização do serviço por elas prestado e à necessidade de apoio para a modernização do sector do táxi.
João Pimenta Lopes e Sandra Pereira partilharam a sua intervenção no Parlamento Europeu (PE) na defesa do sector do táxi, bem como o recente questionamento que fizeram à Comissão Europeia sobre o escândalo conhecido por «Uber Files».
A manifestação em Bruxelas, na qual estiveram presentes a Federação Portuguesa do Táxi (FPT) e a Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), foi convocada na sequência desse escândalo, que revelou pormenores sobre a forma como governos europeus asseguraram que a multinacional se instalasse nos seus países, à revelia das legislações nacionais.
Para além de reivindicar que sejam retiradas consequências concretas das evidências vindas a público, que não deixem os envolvidos impunes, a manifestação apelou à defesa do sector do táxi.
O PCP tem intervindo, em Portugal e no PE, na defesa do sector do táxi, como parte de sistemas de mobilidade centrado no interesse das populações e na promoção do transporte público. Tem-se oposto, nesse sentido, à hegemonização dos serviços de mobilidade pelas multinacionais de plataformas, e exigido o cumprimento da legislação nacional, a regulação da operação de transporte de passageiros e o fim das práticas de concorrência desleal. Tem proposto medidas concretas de apoio aos impactos da crise nos trabalhadores e nos pequenos e médios empresários do sector. Os deputados do PCP no PE têm abordado a situação destes trabalhadores e destas empresas, bem como a regulação da atividade das empresas de plataformas.