Com uma estrutura muito aberta, onde tiras de pano e ripas de madeira tomaram o lugar que seria de paredes compactas, o Espaço Central da Festa do Avante! foi, como habitualmente, o lugar onde se concentrou a mensagem política, presente um pouco por todo o recinto.
Em exposições, debates ou conversas informais, ali estiveram presentes a análise do PCP sobre os problemas mais prementes da actualidade, a identificação de causas e responsáveis, a explanação de propostas e caminhos para romper com a política de direita e eliminar as suas consequências na vida dos trabalhadores, do povo e do País. Ali se reafirmou a importância da convergência, da unidade e da luta para continuar a resistir à ofensiva do capital, defender direitos e outras conquistas e construir a alternativa necessária.
Aquele grande pavilhão, com tubos pretos e panos vermelhos, saudava quem entrava na Festa pela Quinta do Cabo. Um painel, com música a «ilustrar» textos e imagens, celebrava os 80 anos de Adriano Correia de Oliveira, efeméride que extravasou para outros locais da Festa (ver aqui). Mais adiante, no largo corredor que ligava à Festa do Livro, outro grande painel era dedicado ao centenário de José Saramago (escritor universal, intelectual de Abril e militante comunista), assinalado igualmente noutros espaços e momentos (ver aqui).
No Auditório e no Fórum, decorreram 14 debates, nos três dias, com intervenções de dirigentes, deputados e outros militantes comunistas, e a participação de muitas dezenas de pessoas, algumas das quais também decidiram tomar a palavra.
Lugar nobre ocuparam as exposições «Crianças e pais com direitos, Por um Portugal com futuro» e «Louça Preta de Bisalhães – Processo de confecção – Património Imaterial da Humanidade», que o Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, visitou na sexta-feira, à noite.
Dois grandes cartazes apelavam à divulgação e leitura do Avante! e de O Militante, cujas últimas edições poderiam ser adquiridas na Loja da Festa, a par de t-shirts, sacos, cadernos e outras recordações.
A imprensa de resistência e combate ao fascismo foi evocada com uma vitrina, exibindo alguns exemplares do Avante! e outras publicações, um prelo (e várias demonstrações do seu funcionamento) e a maqueta tridimensional de uma tipografia clandestina.
Mesmo ao lado, num espaço privilegiado para conversas sob o mote «adere ao PCP», dirigentes do Partido revezaram-se na disponibilidade para ouvir, conversar e ajudar a preencher fichas de inscrição.
No Café d’Amizade, petiscos, bebidas e três dedos de conversa usufruíram descontraidamente de uma agradável esplanada, com vista para o Tejo e com o ouvido a «espreitar» o Auditório 1.º de Maio.