Greves na DHL, Sonae e Auchan por salários melhores e direitos
Os trabalhadores da DHL nos armazéns da Sonae, na Azambuja, e da Auchan, em Vila Nova da Rainha fizeram greve a 5 e 12 de Agosto e admitem voltar à luta por melhores condições de vida e de trabalho.
Com lucros astronómicos, pagam salários próximos do mínimo nacional
Esta foi a sexta vez, desde Maio, que recorreram à greve os trabalhadores do centro logístico da Worten (Grupo Sonae), lembrou um dirigente do CESP/CGTP-IN. Ricardo Mendes falou à agência Lusa, durante a concentração de trabalhadores, em greve, no dia 12, na Azambuja.
O sindicato explicou que os trabalhadores da DHL não aceitam ficar «condenados a uma vida de empobrecer a trabalhar» e exigem aumento dos salários em 90 euros, melhores condições de trabalho e fim da repressão laboral. «Apesar dos lucros astronómicos do Grupo DHL e da Worten, estes trabalhadores continuam com salários muito próximos do salário mínimo nacional», referiu o CESP, ao anunciar o início destas greves.
Por motivos semelhantes e com idênticas reivindicações, fizeram greve os trabalhadores da DHL nos entrepostos da Auchan, em Vila Nova da Rainha, e da Olicargo, na Póvoa de Santa Iria.
«Os trabalhadores da DHL mantêm em cima da mesa todas as formas de luta», afirma o CESP, reafirmando os objectivos que os unem e mobilizam: «a dignificação e valorização das carreiras profissionais e a melhoria das condições de vida».
Alzheimer Portugal
O CESP anunciou, dia 10, que a Associação Alzheimer Portugal comprometeu-se a regularizar os problemas identificados pelo sindicato e pelos trabalhadores e que levaram à realização de um protesto, no exterior da Casa do Alecrim (Alapraia, Estoril), no dia 8. O compromisso foi assumido numa reunião da direcção da associação com representantes do sindicato, onde foi igualmente declarada disponibilidade para realizar reuniões regulares para abordar assuntos relacionados com os trabalhadores.
Como motivos para a acção de dia 8, o CESP indicou: «a política de baixos salários e a discriminação» no valor do subsídio de alimentação; «escalas de 42 horas ou mais», quando o horário semanal deveria ser de 37 horas, havendo «trabalhadores já com mais de 200 horas extra sem qualquer pagamento»; «precariedade laboral», com trabalhadores em outsourcing, «a fazer três e quatro turnos seguidos»; e «a falta de trabalhadores, que não permite cuidar dos utentes com dignidade».