A França anunciou que os últimos soldados do dispositivo Barkhane saíram do Mali no dia 15, num contexto de agravamento das relações entre Paris e Bamako. As tropas francesas antes estacionadas no Mali, cerca de 3000 efectivos, foram transferidas para o vizinho Níger, onde a França dispõe de uma base militar.

O presidente Emmanuel Macron anunciara em Fevereiro o fim da presença do contingente francês no Mali, face às crescentes tensões com a junta militar maliana, que expulsou o embaixador de Paris e acusou a antiga potência colonial de ingerência nos assuntos internos do país africano.

Presentes no Mali desde 2013, a pretexto do combate ao terrorismo na região do Sahel, as forças francesas sofreram cerca de 50 mortos desde 2015. No mesmo período, morreram de forma violenta mais de 10 mil malianos, segundo o jornal Le Monde.

Entretanto, a ministra alemã da Defesa, Christine Lambrecht, anunciou no dia 12 que a Alemanha suspendeu, «até nova ordem», a sua participação na Missão de Manutenção da Paz das Nações Unidas no Mali (Minusma).

A medida foi justificada por as autoridades malianas alegadamente terem negado o acesso de um avião militar alemão ao seu espaço aéreo. Berlim mantém 1400 militares no Mali.