Mais ataques israelitas contra a Faixa de Gaza

Pelo menos 45 mortos, incluindo 15 crianças, e mais de 360 feridos, além da devastação de zonas civis, são os resultados de uma nova agressão de Israel, ao longo de três dias, contra a Faixa de Gaza, na Palestina ocupada.

Agressão israelita causou dezenas de mortos e centenas de feridos entre a população

Negociada pelo Egipto, entrou em vigor no domingo, 7, à noite, a trégua estabelecida entre a Jihad Islâmica e o governo de Telavive, após três dias de ataques das forças israelitas na Faixa de Gaza que provocaram dezenas de mortos e centenas de feridos entre a população, além da destruição de edifícios e infra-estruturas civis.

Na segunda-feira, lojas e serviços públicos reabriram as portas no território, habitado por mais de 2,3 milhões de pessoas, e começaram as operações de remoção dos escombros provocados pelos bombardeamentos israelitas. Fontes palestinianas indicam que mais de 1500 habitações foram parcial ou totalmente destruídas, assim como numerosas zonas agrícolas.

Israel reabriu parcialmente, após seis dias de encerramento, a passagem fronteiriça de Kerem Shalom, para permitir a entrada de combustíveis, alimentos, medicamentos e forragens. A agência de notícias Al Quds tinha noticiado antes a paralisação da única central eléctrica da faixa por falta de gasóleo, motivada pelo bloqueio israelita.

As forças armadas ocupantes começaram no dia 5 a bombardear alegados alvos da Jihad Islâmica, que respondeu com o lançamento de foguetões contra objectivos no território de Israel.

Protestos no Reino Unido
contra empresa de armas

Em protesto contra os bombardeamentos de Israel na Faixa de Gaza, membros do grupo Palestine Action ocuparam, no dia 8, a sede de uma empresa britânica que transporta e exporta armas israelitas.

Os manifestantes invadiram as instalações da empresa Good Packing, na localidade inglesa de Tamworth, pintaram paredes de vermelho e hastearam uma bandeira da Palestina. «Não há impunidade para Israel nem para quem esteja envolvido nos massacres a que assistimos», afirmou um porta-voz do grupo, que faz campanha contra as companhias israelitas que fabricam armas no Reino Unido.

De acordo com os activistas, a Good Packing dedica-se a embalar, transportar e exportar drones militares fabricados pela Elbit System, o maior fabricante de armas israelitas.

A Palestine Action também acusa a Elbit System de utilizar Gaza e outros territórios palestinianos ocupados para testar armamento que produz, antes de o vender no mercado internacional. 

PCP condena nova agressão israelita

O Gabinete de Imprensa do PCP divulgou, no dia 7, a seguinte nota:

«O Partido Comunista Português condena os bombardeamentos em curso de Israel sobre a Faixa de Gaza, que já provocaram dezenas de mortos e centenas de feridos entre a sua população. Esta nova agressão é da inteira responsabilidade do governo de Israel, que nos últimos dias optou por uma escalada dos confrontos, ao assassinar um dirigente da resistência palestiniana, matando também civis e crianças durante essa operação de liquidação que teve por alvo um prédio de habitação.

Inserindo-se numa longa lista de crimes e agressões contra o povo palestiniano, cujos direitos internacionalmente reconhecidos continuam a ser espezinhados por sucessivos governos israelitas, esta campanha de bombardeamentos contra uma população há décadas sujeita a um feroz bloqueio é igualmente inseparável da escalada de guerra e agressão do imperialismo.

O PCP insta o governo português – ao contrário do que sucedeu em anteriores agressões semelhantes – a que condene inequivocamente os bombardeamentos em curso e que intervenha no sentido de impedir a já anunciada intenção do governo israelita de os prosseguir.

O PCP apela ao reforço da solidariedade com a luta do povo palestiniano e pelos seus inalienáveis direitos nacionais».




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