Milhares de pessoas em Londres manifestam-se contra custo de vida
Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se em Londres, no sábado, 18, em protesto contra a subida do custo de vida e a falta de medidas do governo conservador para aliviar a crise.
Os manifestantes, convocados pelo Congresso dos Sindicatos (TUC), uma das maiores centrais sindicais do Reino Unido, empunhavam cartazes a exigir o aumento dos salários e a diminuição dos impostos.
A marcha, em que participaram dirigentes de diferentes sindicatos britânicos e figuras como a vice-presidente do Partido Trabalhista, Angela Rayner, e o ex-líder dessa organização política, Jeremy Corbyn, começou nas imediações da Praça Portland e terminou na Praça do Parlamento.
Os manifestantes fizeram uma paragem defronte do número 10 de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, e apuparam Boris Johnson, a quem exigem que faça mais para ajudar os cidadãos de menores recursos a enfrentar o aumento dos preços dos combustíveis, da electricidade e dos alimentos.
É tempo de aumentar os impostos sobre a riqueza, não sobre os trabalhadores, afirmou a secretária-geral da TUC, Frances O’Grady, da tribuna montada na Praça do Parlamento. A dirigente sindical advertiu Johnson para não culpar a classe operária pela inflação galopante, depois das medidas de austeridade, das privatizações e dos cortes salariais impostos pelos governos conservadores na última década.
Os comunistas britânicos participaram no protesto, a que se associaram também os militantes do PCP no Reino Unido.