Tribunas públicas, concentrações e manifestações terão lugar amanhã, na maioria das capitais de distrito, para «exigir o aumento geral dos salários e pensões, medidas de regulação dos preços e o fim da especulação e rejeitar o brutal aumento do custo de vida». Na nota em que informa da realização destas iniciativas, divulgada na segunda-feira, 4, a CGTP-IN anuncia o propósito de fazer «deste dia 8 de Abril um grande dia de exigência de soluções aos problemas que se agravam».

As acções contarão com a participação dos trabalhadores, das suas famílias, dos reformados e pensionistas, garante a Inter, que apela à «população atingida para que se associe a estas iniciativas».

Rejeitando o aproveitamento da guerra e das sanções para aumentar a exploração e concentrar lucros e dividendos, tal como antes sucedeu com a pandemia, a CGTP-IN assume não ser aceitável «mais um ataque aos salários e pensões, aos direitos e condições de vida». E reclama soluções, a começar pelo aumento geral dos salários e pensões, que considera «fundamental para fazer face ao significativo e geral aumento dos preços dos bens e serviços essenciais à vida».

A Inter reafirma a urgência do aumento dos salários em 90 euros para todos os trabalhadores, a valorização das carreiras e profissões, um firme combate à precariedade, a melhoria das condições de trabalho, «seja com a redução do tempo de trabalho sem perda de retribuição, seja na efectiva regulação de horários».

Defende, ainda, a revogação das normas gravosas da legislação laboral, «nomeadamente as que se referem ao direito de contratação colectiva, que é ameaçado pela norma da caducidade». A CGTP-IN quer ainda pôr fim à possibilidade de recurso a vínculos de trabalho precários para preencher postos de trabalho permanentes.

De Norte a Sul

São as seguintes as acções marcadas para amanhã:

Algarve: tribuna pública junto ao Fórum Algarve, Faro, às 18h00;

Aveiro: tribuna pública no Largo da Estação, às 16h30;

Beja: tribuna pública nas Portas de Mértola, 10h30;

Braga: manifestação na Arcada, 17h30;

Bragança: acções na Câmara Municipal, no Hospital e na feira semanal, de manhã, e na Faurécia, às 15h30;

Castelo Branco: tribuna pública na Praça do Município da Covilhã, às 15h30;

Évora: acções no Hospital, na Tyco, no call center da Fidelidade, na Embraer e tribuna pública junto ao Plaza, entre as 7h00 e as 17h00;

Guarda: tribuna pública no Largo Dr. João de Almeida;

Leiria: tribuna pública na Praça Stephens, na Marinha Grande, às 17h30;

Lisboa: tribuna pública no Largo Camões, às 15h30;

Portalegre: concentração na Avenida das Forças Armadas, às 17h00;

Porto: tribuna pública na Estação de Campanhã, às 16h00;

Santarém: concentração em frente ao Tribunal, às 18h00;

Setúbal: manifestação pela cidade, do Auditório Bocage ao Largo da Misericórdia, às 10h00;

Vila Real: tribuna pública junto ao Pingo Doce, às 14h00.

Em Coimbra, a acção foi antecipada para ontem, 6, e em Viseu está marcada uma tribuna pública para as 18h00 do próximo dia 11, no Rossio.