Cientistas portugueses em expedição polar
A campanha expedicionária para avaliar o impacto do metilmercúrio na vida animal e humana numa zona permanentemente gelada do Ártico, conta com a participação de cientistas portugueses do Instituto Superior Técnico, do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto.
Os oito investigadores juntam-se a homólogos canadianos na província do Quebeque, a fim de medir os níveis de mercúrio orgânico presentes no gelo, na água, sedimentos de lagos e em peixes. O objectivo é avaliar o impacto daquele na vida selvagem da região ártica e na saúde da população indígena, bem como esclarecer que bactérias fazem com que o referido metal pesado se torna numa neurotoxina capaz de causar lesões no sistema nervoso.
Uma segunda campanha expedicionária está prevista para 2023, para a mesma região e numa área igualmente afectada pelo aumento da temperatura global, que provoca a formação de lagos que constituem autênticos viveiros de bactérias e metais pesados, como o mercúrio, os quais, posteriormente, poderão vir a contaminar a cadeia alimentar.