Assassinados na Colômbia 13 activistas sociais em 2022

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) da Colômbia deu a conhecer no dia 29 de Janeiro o assassinato da dirigente social Deisy Sotelo, ocorrido no departamento de Cauca, no sudoeste do país.

Com este homicídio, já são 13 os activistas sociais assassinados na Colômbia até ao final de Janeiro deste ano e 1299 desde a assinatura do Acordo de Paz, em 2016, entre o governo de Juan Manuel Santos, em representação do Estado colombiano, e as Forças Armadas Revolucionárias do Povo-Exército Popular (FARC-EP), entretanto extintas. De acordo com o Observatório de Direitos Humanos e Conflitos do Indepaz, 48 ex-guerrilheiros das FARC reintegrados na vida civil foram assassinados em 2021 e 299 desde a assinatura do acordo, em Havana.

De 31 anos, Deisy Sotelo exercia o seu labor comunitário numa aldeia da localidade de El Plateado, no município de Argelia. Foi retirada à força de sua casa por homens armados e o seu corpo foi encontrado mais tarde por populares num caminho da zona.

Também a Defensoria do Povo (organismo responsável pela promoção e defesa dos direitos humanos) denunciou, em meados de Janeiro, a morte de pelo menos 145 líderes sociais e defensores dos direitos humanos na Colômbia durante 2021. Para o mesmo período, o Indepaz registou 170 assassinatos.

O defensor do povo colombiano, Carlos Camargo, indicou que, apesar de o número ser inferior ao de 2020, ano em que foram assassinados 182 activistas, «continuam a ser preocupantes as acções dos grupos armados ilegais». Entre as vítimas, homens e mulheres, contam-se líderes indígenas e comunitários, camponeses e agricultores, sindicalistas e funcionários públicos. Camargo atribuiu a autoria dos homicídios principalmente às acções criminosas dos grupos armados ilegais nas zonas rurais de vários departamentos colombianos.




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