Eram muitos, imensos, e vieram de todo o País, com as suas histórias de vida, os seus problemas, os seus sonhos. No desfile da Juventude CDU, que no domingo percorreu as ruas de Lisboa e culminou num comício no Largo da Graça, exigiram respostas aos seus problemas: no trabalho e na escola, no acesso à cultura e ao desporto, na possibilidade de constituir família e de ter uma habitação condigna e transportes acessíveis, na defesa do ambiente, no combate a todas as formas de discriminação. Enfim, pelo direito a ser feliz em Portugal.

Pela tribuna do comício, onde a partir de um conto sobre um João, que no seu dia-a-dia enfrenta as dificuldades que marcam tantas vidas, estas reais, passaram 12 jovens, que ali apresentaram razões para votar CDU no dia 30. Como outras, referidas em palavras de ordem ou nas três intervenções da tarde, resumem-se numa ideia tão simples e ao mesmo tempo tão significativa: é a força que está ao lado da juventude todos os dias e em todas as lutas. Motivo semelhante terá suscitado o apoio à Coligação PCP-PEV, ali anunciado, de mais de mil jovens.

Marta Parente, da Ecolojovem, lembrou que «não existe justiça ambiental sem justiça social», valorizando o que graças à CDU se alcançou com o passe social mais barato e abrangente e apontando à progressiva gratuitidade dos transportes públicos. Para a jovem ecologista, «só rejeitando modelos económicos assentes na exploração desmedida dos recursos naturais» será possível dar resposta aos problemas ambientais.

Da JCP, Gonçalo Paixão revelou que a Juventude CDU esteve, nas últimas semanas, ao lado dos estudantes dos ensinos Básico, Secundário, Profissional e Superior, mas também dos jovens trabalhadores: «ouvimos, esclarecemos, organizamos e hoje, aqui e agora, mobilizamos esta grande massa jovem de tão diferentes realidades para um objectivo comum». Quem ali esteve, e seguramente muitos outros, não se satisfazem «com este poucochinho que nos querem impor», por isso lutam por uma política alternativa, que corresponda às suas aspirações, acrescentou.

Após valorizar tão expressiva presença juvenil naquela acção, que por si só arrasa alguns mitos criados em torno da CDU, João Oliveira apelou aos jovens para continuarem a afirmar as propostas da Coligação, o que poderão fazer «de cara levantada, com a força do exemplo». «Somos dos resistentes, que não desistem», acrescentou, instando a juventude a lutar pela «terra dos sonhos, onde cada um pode ser aquilo que é».

O membro da Comissão Política e candidato da CDU desmontou ainda os argumentos dos que, a pretexto da «liberdade», pretendem desmantelar a Escola Pública e o SNS, para servir os grupos privados.

A festa continuou pela tarde fora com os Orteum e Il-Brutto, depois da actuação do grupo de percussão Bom Bombar, que acompanhou o desfile.