O voto que decide das soluções para o País
Um forte apelo à mobilização e ao esclarecimento, levando a todo o lado a mensagem de que a CDU é a «força de confiança dos que aspiram a uma real solução dos problemas nacionais», marcou o comício realizado ao final da tarde de sábado, 22, em Santiago do Cacém.
No Auditório António Chainho, perante uma plateia entusiástica, João Oliveira criticou duramente PS e PSD por serem responsáveis pelo «rotativismo da política de direita que afundou o País» e pelo compromisso que ambos têm com o grande capital, e expôs com detalhe as inúmeras razões pelas quais «é necessário reforçar a CDU com mais votos e mais deputados».
Desmontando o que classificou de embuste de PS e PSD – afirmar pequenas diferenças para iludir que estão unidos pela manutenção da «mesma política que serve os grandes interesses económicos e financeiros» -, e rejeitando a campanha de bipolarização, o líder parlamentar comunista e candidato considerou que o País não está condenado a essa «alternância sem alternativa», à «política do vira o disco e toca o mesmo». «A todos eles quereremos dizer-lhes: é o povo que decide! É o povo, e o povo ainda não votou», enfatizou.
E, numa severa crítica aos partidos da política de direita, acusou-os de quererem «relançar esses governos do rotativismo e dos negócios, que foram responsáveis pelos graves défices estruturais que o País enfrenta na produção, na energia, na ciência e tecnologia ou no domínio demográfico».
Governos do rotativismo, prosseguiu, «responsáveis e activamente coniventes nesse tráfico entre negócios privados e políticas públicas, feitos de promiscuidade e corrupção, que tem contribuído para degradar a democracia e a política como actividade pública ao serviço do povo e do País».
João Oliveira foi ainda mais longe na acusação e especificou que por «essa indecorosa porta giratória», assim a definiu, «circularam e transitam, às centenas, ministros e secretários de Estado dos governos de PS, PSD e CDS».
«É preciso impedir que esse tempo volte, reforçando o voto na CDU», insistiu por isso João Oliveira.
Força de convergência
«Dia 30 é o momento para que cada um faça ouvir o que quer para a sua vida e o seu País. Que cada um quando estiver a votar se lembre que mais votos na CDU e mais deputados eleitos pela CDU são a garantia de dar força à convergência para construir as soluções de que o País precisa», exortou o membro da Comissão Política.
Antes, já o presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, carreara razões que justificam o voto na força política que «esteve na linha da frente» em todas as lutas travadas em defesa das populações do Litoral Alentejano.
Ana Morgado, candidata, a quem coube dirigir o comício, na sua intervenção inicial detalhara já variadíssimas outras razões para o eleitor confiar o seu voto na CDU, desde logo pelas suas «propostas e soluções» para os problemas da região: seja na saúde ou na educação, nas acessibilidades e transportes, na agricultura e pescas, seja nas questões ambientais, como fez questão de realçar Tiago Aldeias, da Comissão Executiva do PEV, também ele candidato pelo distrito de Setúbal.
Daí que haja razões para acreditar que este seja um combate para «crescer e avançar, confiantes de que é possível conquistar uma vida melhor para os trabalhadores e o nosso povo com o reforço da CDU que vamos garantir», afirmou João Oliveira.