Reforçar a CDU no Interior do País para reverter rumo de abandono
Jerónimo de Sousa participou, no dia 7, em duas sessões, na Guarda e em Castelo Branco, onde foram apresentadas as candidaturas da CDU para ambos os círculos eleitorais para as próximas eleições legislativas.
O voto na CDU conta para enfrentar problemas
O Secretário-geral do PCP optou por abordar as crescentes assimetrias, desequilíbrios e desigualdades que têm afectado o País, em especial o interior.
A primeira das duas paragens, para uma sessão pública, foi no auditório da Junta de Freguesia da Guarda, onde Jerónimo de Sousa começou por recordar que as próximas eleições legislativas de 30 de Janeiro colocarão ao povo português uma importante decisão: a de «criar condições para dar resposta aos muitos e graves problemas» ou de continuar, pela mão «ora do PS, ora do PSD», a desaproveitar as potencialidades e recursos nacionais.
No Interior do País é precisamente isso que as populações têm sentido. Um rol sem fim de problemas – que nestas regiões assumem muitas vezes particulares repercussões – e um enorme subaproveitamento das potencialidades e recursos locais.
O despovoamento e a desertificação económica, o pouco investimento público, as dificuldades e custos acrescidos para as micro, pequenas e médias empresas, com a «continuada afronta das portagens nas auto-estradas A23 e A25», são disso exemplo.
«Volta e meia lá vêm anunciar mais uns programas, mais uns planos, mais umas estratégias, mais uma equipa de missão para o Interior. Mas o que se vai vendo é o contínuo definhar destes territórios, o desaproveitamento do seu enorme potencial, a incapacidade de fixar populações, em especial jovens», reparou o líder comunista.
Servir as populações
Já em Tortosendo, no concelho da Covilhã, Castelo Branco, num jantar-comício, o Secretário-geral exemplificou o real desinteresse da administração central com Interior com o caso recente da empresa Dielmar que foi atirada para a insolvência «perante a passividade do Governo», deixando os trabalhadores «confrontados com a incerteza quanto ao seu futuro e a região mais pobre do ponto de vista do seu sector produtivo».
«Perante esse cenário, o que têm feito os deputados do PS e do PSD eleitos aqui pelo círculo de Castelo Branco? Têm contribuído para a denúncia desta situação? Ou são também eles responsáveis pelas políticas e pelas decisões que criaram todo este quadro», interrogou o Secretário-geral.
«É por isso que as populações do Interior só terão a ganhar com a eleição de deputados da CDU», afirmou.
Este é o compromisso da CDU: vozes comprometidas com os interesses das populações do Interior, dos trabalhadores, dos agricultores, dos pequenos e médios empresários e com a procura das soluções que permitam enfrentar os problemas do distrito.
Prontos para o combate
Nas duas sessões que contaram com a participação de Jerónimo de Sousa, foram também apresentados os candidatos de ambos os círculos eleitorais. Por Castelo Branco, a lista da CDU é composta por Jorge Fael, 51 anos, sociólogo; Ana Leitão, 54 anos, professora; Margarida Pacheco, 21 anos, estudante de licenciatura; Eduardo Machado, 24 anos, estudante de mestrado; Ema Gomes, 29 anos, consultora.
Na Guarda, André Santos, 42 anos, arqueólogo, é o primeiro candidato, seguido por Ilda Bernardo, 55 anos, enfermeira; Inês Tomé, 51 anos, jardineira; Aristides Rodrigues, 65 anos, professor; Delfina Bazaréu, 47 anos, assistente técnica e Zulmiro Almeida, 75 anos, motorista reformado.