No Sudão, dezenas de milhares de manifestantes encheram as ruas de Cartum, a capital, e de outras grandes cidades expressando a sua rejeição pelo acordo político assinado pelo líder do golpe militar, general Abdel Fattah al-Burhan, e o primeiro-ministro derrubado e depois reconduzido, Abdallah Hamdok.

Um comunicado do Secretariado do Comité Central do Partido Comunista Sudanês (PCS) indica que, no dia 30 de Novembro, massas sudanesas, milhares de pessoas, ocuparam as ruas de Cartum, Omdurman, Atbara, Alobied, Alfasher, Alkadarif, Kassal e Zalinge, exigindo o fim imediato do regime controlado pelos militares e reclamando o estabelecimento de um poder civil e democrático.

Os protestos de massas foram confrontados com uma brutal repressão policial, de que resultaram dezenas de manifestantes feridos, alguns deles com gravidade. Elementos das forças repressivas travaram a sua transferência para hospitais, prenderam alguns dos manifestantes feridos e impediram que médicos e enfermeiros tratassem as vítimas.

O PCS valoriza a firmeza e a tenacidade dos manifestantes e, ao mesmo tempo, condena fortemente a repressão desencadeada contra pacíficos manifestantes. Exorta os seus membros e todas as forças progressistas a continuar a luta até à completa derrota e ao derrube do actual regime militar. Além disso, apela a todos os partidos comunistas e operários a continuarem as suas acções solidárias com a luta do povo sudanês por democracia, paz e justiça social.