CGTP-IN convoca para dia 20 manifestação nacional

Com lutas a crescer, em todos os sectores, e perante a urgência de dar respostas aos problemas dos trabalhadores e do País, o Conselho Nacional da CGTP-IN marcou uma manifestação nacional, para 20 de Novembro, em Lisboa, com o lema «Avançar é preciso! Aumento geral dos salários, 35 horas para todos, Erradicar a precariedade, Defender a contratação colectiva».

Os trabalhadores vão dar continuidade e convergência ao grande caudal da luta

A jornada, aprovada anteontem pelo órgão dirigente da confederação, foi proposta pela Comissão Executiva do Conselho Nacional, como esta revelou no dia 20, adiantando o objectivo de «dar continuidade e convergência ao grande caudal da luta que tem vindo a ser desenvolvido e está em desenvolvimento nas empresas e locais de trabalho de todos os sectores, sejam do público ou do privado, e em todo o Pais, trazendo à rua as reivindicações concretas, em luta pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, exigindo a valorização do trabalho e dos trabalhadores e uma política que garanta um futuro melhor num país desenvolvido que dignifique quem trabalha e produz a riqueza».

Na resolução do Conselho Nacional, esta ideia volta a estar presente, afirmando-se que «as acções de luta têm-se multiplicado, com os trabalhadores a assumirem a defesa das suas reivindicações concretas, particularmente em torno do urgente aumento dos salários e pela defesa e aplicação dos direitos, bem como as reivindicações mais gerais, conscientes do combate que é preciso travar para garantir um país desenvolvido, soberano, de progresso e justiça social». A decisão de realizar a manifestação nacional foi tomada «tendo em conta o crescendo das lutas em todos os sectores e a urgência de dar respostas aos problemas dos trabalhadores e do País».

O Conselho Nacional da CGTP-IN valorizou «todas as lutas desenvolvidas e as já agendadas» e saudou os milhares de trabalhadores envolvidos. Foi destacada a particular importância das lutas em curso, «dos transportes ao comércio, da indústria à hotelaria, restauração e turismo, dos têxteis às comunicações, da banca aos serviços, das pescas à agricultura, de diferentes sectores de serviços e funções sociais do Estado».

«Pela dimensão e pelo momento em que vai ser levada a cabo e também pelos objectivos que a motivam», foi realçada a greve nacional dos trabalhadores da Administração Pública, marcada para 12 de Novembro, pela Frente Comum dos Sindicatos (como referimos na pág. 19).

A manifestação em Lisboa, no terceiro sábado de Novembro, «será um momento de grande importância, em que os trabalhadores de todos os sectores de actividade trarão à rua as suas reivindicações concretas, em luta pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, exigindo a valorização do trabalho e dos trabalhadores e uma política que garanta um futuro melhor, num país desenvolvido, que dignifique quem trabalha e produz a riqueza».

Governo ao contrário

Deixando sem resposta, nas suas opções, as reivindicações da Intersindical Nacional que corresponderiam à «adopção de uma política que valorize o trabalho e os trabalhadores», o Governo fica «amarrado aos constrangimentos da UE e do euro e opta por manter intocáveis os interesses das grandes empresas e dos grandes grupos económicos», «opta pela manutenção dos baixos salários, da precariedade e da desregulação dos horários de trabalho» e «pela perpetuação das normas na legislação laboral que fragilizam, entre outras dimensões, a contratação colectiva».
Contudo, os trabalhadores, «confrontados com os problemas, exigem soluções, não aceitam retrocessos, têm propostas e querem avançar».

 

Encontro Nacional hoje

«Cada luta desenvolvida nos locais de trabalho é fundamental para a construção desta grande acção convergente que agora se convoca», sublinha-se na resolução do Conselho Nacional, ao dar conta da decisão de «mobilizar toda a estrutura sindical para aprofundar a acção sindical e a intervenção nas empresas, locais de trabalho e serviços, defendendo os direitos e promovendo a intensificação da luta em torno das reivindicações concretas dos trabalhadores, tendo o aumento geral dos salários, a valorização das carreiras e profissões e o aumento do salário mínimo nacional como eixos centrais».
«Intensificar a luta e a acção reivindicativa! Afirmar o direito de contratação colectiva!» é o lema do Encontro Nacional sobre Acção Reivindicativa e Contratação Colectiva, que a CGTP-IN leva a cabo hoje, dia 28, em Lisboa.

 



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