Dias de acção e luta
Persistindo na luta contra os despedimentos na Altice Portugal (MEO e PT Contact), a Comissão de Trabalhadores da MEO e as organizações sindicais que se constituíram em «frente», concluíram ontem, dia 27, ao final da manhã, a série de concentrações semanais junto à sede do grupo, nas Picoas (Lisboa). Nesta acção esteve presente a Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.
Uma delegação do PCP esteve, no dia 21, na concentração realizada, no Porto, junto das instalações da PT na Rua Tenente Valadim, solidarizando-se com a rejeição dos despedimentos.
Entraram ontem em greve, de duas horas por dia, convocada até 12 de Novembro, os carteiros do Centro de Distribuição Postal de Pombal (Leiria). Também até 12 de Novembro, os carteiros do CDP da Marinha Grande iniciaram a greve no dia 26, terça-feira.
Em ambos os casos, como se refere em documentos e publicações do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações, é exigida a contratação de mais pessoal, para assegurar a qualidade do serviço e acabar com os constantes atrasos na distribuição ao domicílio. Durante os períodos de greve, os trabalhadores reúnem-se no exterior das instalações.
Tiveram grande participação os plenários de trabalhadores dos armazéns da DHL, realizados dia 26, terça-feira, no exterior das instalações em Alverca, Azambuja, Vialonga e Vila Nova da Rainha, para exigir o aumento dos salários em 90 euros e carreira profissional para os operadores de armazém. O CESP/CGTP-IN revelou que foi decidido, caso não haja uma resposta patronal positiva, avançar com uma jornada de luta em Novembro.
Ontem, dia 27, entraram em greve, por três dias, os motoristas da recolha selectiva da Resinorte no centro (CITVRU) de Riba de Ave. Convocada pelo STAL, a luta visa exigir aumento geral dos salários e uniformização das remunerações naquele pólo, bem como a negociação de um acordo colectivo, a valorização das carreiras e a melhoria das condições de segurança e saúde.
No dia 26, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa aderiram em força à greve realizada durante a manhã, levando ao encerramento de todas as estações até cerca das dez horas. Por melhores salários e pela contratação de mais trabalhadores, preenchendo o quadro operacional e garantindo progressões na carreira, foi marcada nova paralisação parcial para hoje, dia 28, e para dia 2. No dia 4 a greve será de 24 horas, como se refere num comunicado da comissão sindical do STRUP.
No dia 25, segunda-feira, junto dos serviços da Autoridade para as Condições do Trabalho, em Guimarães, o CESP/CGTP-IN realizou uma concentração para reclamar resposta imediata às situações em aberto (foram dados sete exemplos), e um funcionamento célere e eficaz da ACT.
No âmbito da luta organizada pelo CESP/CGTP-IN para exigir a revisão da portaria (PRT) para o sector social e o aumento geral dos salários, trabalhadores das misericórdias de Estarreja e Espinho deslocaram-se a Lisboa, no dia 22, e concentraram-se frente ao Ministério do Trabalho.
Das zero horas de dia 21 até ao final do dia 23, os trabalhadores da Ascenza (ex-Sapec Agro) realizaram uma greve que o SITE Sul considerou «histórica, pela unidade que os trabalhadores demonstram, e por quebrar com o clima de intimidação e medo que reina há cerca de 40 anos na empresa». Com muito elevada adesão, a greve provocou a paragem da produção.
Durante uma das concentrações dos trabalhadores em greve, a deputada Paula Santos expressou a solidariedade do PCP à luta e aos seus objectivos, designadamente: alteração dos horários de trabalho em laboração contínua; valorização das carreiras profissionais e respectivos ajustes salariais; melhores condições de Segurança e Saúde no Trabalho; aplicação do contrato colectivo do sector químico, subscrito pela Fiequimetal/CGTP-IN.
Na Lauak Aerostructures (Grândola e Setúbal) começou no dia 22, sexta-feira, uma greve ao trabalho suplementar, que vigora até ao fim do ano. Os trabalhadores, organizados no SITE Sul, exigem o fim da discriminação salarial, aumentos salariais justos e dignos, valorização do pagamento do trabalho suplementar e garantias de conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar.
Dezenas de trabalhadores (operadores) de TVDE responderam ao apelo do STRUP e reuniram-se, no dia 20, em Lisboa. Em protesto contra a imposição, pelas plataformas (Uber, Bolt, Freenow), de uma política de preços que reduz o rendimento dos trabalhadores, já reduzido com o aumento dos combustíveis, foi decidido realizar nova concentração a 3 de Novembro, às 14h30, junto do pavilhão Altice Arena.
Na DSV Solutions (empresa logística em Palmela), começa hoje, às 15h30, uma greve convocada até às 24h00 de amanhã, para reclamar um reforço do aumento salarial em 30 euros, com efeitos a 1 de Janeiro de 2021; pagamento do valor da senha de autocarro a quem não utiliza este transporte; pagamento do subsídio de turno em 14 meses; área social junto da Canopi A; fornecimento de fardamento.
Amanhã, sexta-feira, os trabalhadores da Novadis fazem greve, contra a imposição do «banco» de horas, contra a discriminação salarial e pela sua integração no Acordo de Empresa da SCC Heinenken. Para as 11 horas está convocada uma concentração junto da fábrica da cerveja Sagres e sede da empresa, em Vialonga, com a presença da Secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.
Os trabalhadores da Lisnave Yards vão fazer greve entre as zero horas de domingo, 31 de Outubro, e as 24h00 de 2 de Novembro, terça-feira, exigindo a eliminação do regime de adaptabilidade, a admissão de mais trabalhadores, melhores condições de segurança e melhores condições no refeitório. Por estes motivos, está também a decorrer, desde ontem, dia 27, uma greve ao trabalho suplementar.
Para 2 de Novembro está convocada greve dos trabalhadores da Apeadeiro 2020 (concessionária do serviço de bar e refeições nos comboios Alfa e intercidades), pelo pagamento pontual e integral dos salários, regularizando diferenças salariais e respeitando os direitos.
Das zero horas de 3 de Novembro às 8h00 de dia 12, o SITE Sul convocou greve ao trabalho suplementar na Euroresinas (Sines), por aumentos salariais, progressão nas carreiras, eliminação da precariedade e outras reivindicações.
Entre 8 e 12 de Novembro, a Fiequimetal e os sindicatos do sector vão realizar uma semana de luta nas empresas fabricantes de material eléctrico e electrónico, por aumentos salariais e redução do horário de trabalho.