Alentejo: Censos confirmam erosão que urge inverter

Em 10 anos, o Alentejo perdeu 41 mil habitantes. É o que revelam os dados provisórios do Censos 2021, recentemente divulgados. Numa primeira análise ao estudo estatístico da população portuguesa, a Direcção Regional do Alentejo do PCP (DRA) refere a «permanente erosão demográfica», a fuga dos mais jovens, «que buscam noutras “paragens” soluções de futuro», e o gradual processo de envelhecimento.

Registando as diversas realidades existentes nesta imensa região, que representa um terço do território nacional, o Partido sublinha que «salvo raríssimas excepções, como é exemplo Odemira, a que não é alheio o fluxo de emigrantes, muitos deles vivendo em condições deploráveis e alvo da mais vil exploração», a perda de população deu-se em praticamente todo o Alentejo. «Mantendo-se o actual rumo», prevê a DRA, «projecta-se um agravamento da situação e uma previsível quebra de 10% de habitantes nos próximos anos».

Para inverter esta grave realidade, o PCP considera «necessária e urgente uma mudança de política, que passa por um maior e mais adequado aproveitamento da terra, o aproveitamento e transformação na região dos minérios extraídos, a reindustrialização, em particular das sub-regiões com condições e características próprias, o reforço e fortalecimento dos serviços públicos». A criação das regiões administrativas inscritas na Constituição da República é, também, uma «questão central para promover o desenvolvimento e superar os desequilíbrios regionais».

Para a DRA, «fixar e aumentar população implica mais do que estudos, e declarações de “vontade” ou de “amor” ao Alentejo, exige sim acção e vontade política com vista à diversificação da base económica, à concretização de um programa de infraestruturas fundamentais para a região». A valorização dos salários e dos direitos, a qualificação dos serviços de saúde, a melhoria das acessibilidades, a integração dos trabalhadores imigrantes e a reposição das freguesias são outras das medidas essenciais.

Mais CDU nas autarquias a 26 de Setembro é, conclui, «garantia de desenvolvimento e progresso», da «continuação da luta por um futuro melhor».




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