Greve em França em defesa de salários e emprego

«A 5 de Outubro, mobilizemo-nos pelos nossos salários, empregos e condições de trabalho e estudo!». Tal é o apelo da CGT e de outras organizações sindicais e estudantis ao convocar uma jornada de luta em defesa dos direitos sociais.

Sindicatos e organizações estudantis marcam nova jornada de luta

Organizações sindicais e juvenis em França anunciaram para 5 de Outubro um dia de greve e manifestações em defesa dos salários, do emprego, das condições de trabalho e estudo e contra a reforma das pensões.

Quatro centrais sindicais – Confederação Geral do Trabalho (CGT), Força Operária (FO), Federação Sindical Unitária (FSU) e Solidários – e outras tantas associações de jovens – Federação Independente e Democrática Liceal (FIDL), União Nacional dos Estudantes de França (UNEF), Movimento Nacional Liceal (MNF) e União Nacional Liceal (UNL) –, que integram a Intersindical, apelaram à mobilização face à ameaça governamental de concluir as polémicas reformas de pensões e de subsídios de desemprego, suspensas no início da pandemia de COVID-19.

Os sindicatos e associações que convocaram a greve destacaram a oposição «a que governo e patronato aproveitem a situação sanitária para acelerar a depreciação dos direitos e das conquistas dos assalariados e dos jovens».

O governo francês pretende aplicar a 1 de Outubro a reforma sobre os apoios aos trabalhadores no desemprego, apesar de o Conselho de Estado ter suspendido em Junho o novo método de cálculo do subsídio. O governo manifestou ainda a intenção de alargar a idade de reforma.

A Intersindical francesa denúncia a imposição de baixos salários aos assalariados, sobretudo aos trabalhadores precários e os chamados trabalhadores de segunda linha, e que não vêem hoje nenhuma perspectiva de melhoria.

As acções de 5 de Outubro servirão também para exigir uma subida geral dos salários, «o fim do encerramento de serviços públicos» e «da precariedade dos jovens».

Para preparar a greve e mobilizar os trabalhadores, os sindicatos levarão a cabo uma intensa actividade de organização nos locais de trabalho. Advertem o governo, entretanto, de que a aprovação da reforma das pensões significaria provocará uma ampla mobilização dos trabalhadores.




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