Rússia promete resposta a novas sanções de Washington

A Federação Russa dará uma resposta às novas sanções aprovadas pela administração dos Estados Unidos da América, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em Moscovo.

«A nossa resposta, como sempre, será dura e adequada», afirmou a porta-voz ministerial, Maria Zakharova. Assinalou que a Rússia encara como hostis essas acções dos EUA, que se devem à falta de vontade política para desenvolver as relações entre Moscovo e Washington enquanto parceiros.

Zakharova indicou que a decisão tomada pelo governo dos EUA contradiz os acordos alcançados pelo presidente russo, Vladimir Putin, e pelo seu homólogo norte-americano, Joe Biden, durante a cimeira Rússia-EUA celebrada em Genebra, em Junho deste ano. Contudo, disse, a Rússia espera que a Casa Branca recupere o bom senso e se dê conta de que as suas acções são contraproducentes e não contribuem para melhorar as relações entre os dois países.

No passado dia 20, o Departamento do Tesouro anunciou que os EUA tinham imposto sanções a duas empresas russas e a dois navios de abastecimento pela sua participação no projecto Nord Stream 2, bem como a outras entidades.

Os EUA opõem-se ao gasoduto, sobretudo, porque a venda do gás russo à Alemanha e a outros países da Europa concorre, a preços muito mais baixos, com o gás de xisto liquefeito dos EUA, que Washington pretende impor aos europeus.

O Nord Stream 2 é um projecto conjunto da companhia estatal energética russa Gazprom e de cinco parceiros europeus (dois alemães, um britânico, um francês e um austríaco), orçado em mais de nove mil milhões de euros. Prevê-se a sua conclusão para este ano.

Pelo gasoduto deverão transitar até 55 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano – duplicando o volume actual –, desde a Rússia até à Alemanha, passando através do Mar Báltico por zonas marítimas da Finlândia, Suécia, Dinamarca e Alemanha, numa extensão de 1200 quilómetros.




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