Alemanha: maquinistas em greve exigem maiores aumentos salariais
O sindicato dos maquinistas da Deutsche Bahn, o operador ferroviário estatal alemão, apelou ao apoio à greve nacional em curso, que deve ser maciçamente seguida até ao final desta semana, para pressionar aumentos salariais nas negociações com a direcção da empresa.
O sindicato dos maquinistas (GDL) lançou a «acção inicial» nos comboios de carga a partir de terça-feira, 10, antes da «acção sindical global», de quarta até sexta-feira. Um dirigente do GDL disse esperar grande apoio à greve.
Na origem da greve está o fracasso das negociações entre a empresa e o sindicato sobre o próximo acordo colectivo de trabalho, em particular no que diz respeito a aumentos salariais.
A Deutsche Bahn, propriedade do Estado, propôs aumentos salariais de 1,5% a partir de Janeiro de 2022 e, depois, de 1,7% a partir de Março de 2023.
A proposta é considerada «demasiado baixa» pelo sindicato, que exige um aumento de 1,4% a partir do corrente ano, bem como um bónus de 600 euros, e outro aumento de 1,8% em 2022. «Os trabalhadores dos caminhos-de-ferro estão fartos dos gestores que forram os seus bolsos com milhões e que os pequenos trabalhadores ferroviários sejam enganados», disse Weselsky.
A Deutsche Bahn, que recomeçou neste Verão as suas actividades regulares, depois de meses de restrições relacionadas com a pandemia de COVID-19, disse estar «pronta para negociar a qualquer momento e em qualquer lugar» com os representantes dos trabalhadores.
A última grande luta laboral na empresa ferroviária alemã teve lugar em 2014 e 2015, período em que o GDL convocou nove greves de alguns dias cada em defesa das reivindicações dos trabalhadores.