A conspiração para matar Hitler conhecida como Operação Valquíria envolveu destacados oficiais alemães como Claus von Stauffenberg, Friedrich Olbricht e Hans Speidel, chefe de estado-maior do marechal Rommel, que foi informado mas não se envolveu no complot. O atentado ocorreu na «Toca do Lobo», quartel-general dos nazis na Prússia Oriental. Foi uma tentativa de golpe de Estado visando mudar o regime, restabelecer a monarquia, fazer a paz com os anglo-americanos, preservar os territórios ocupados e prosseguir a guerra contra a União Soviética. Segundo o historiador Wolfgang Benz, «o holocausto não os interessou de forma alguma». Face à iminente derrota militar, pretendia-se «salvar o que podia ser salvo» para a Alemanha. O conjurado que levou a mala armadilhada para a «Toca do Lobo» foi o conde Claus von Stauffenberg. A explosão destruiu o chalé e fez vários mortos e feridos, mas Hitler sobreviveu com ligeiros ferimentos. Esta tentativa tardia das elites conservadoras de parar o ditador e tentar salvar a honra da Alemanha saldou-se numa feroz repressão que fez cinco mil vítimas mortais e mais de sete mil prisões. A Operação Valquíria estava votada ao fracasso: os soviéticos já marchavam pela Alemanha e os aliados tinham desembarcado na Normandia.