Castilho à frente nas presidenciais do Peru
No Peru, os resultados parciais da segunda volta das eleições presidenciais de domingo, 6, indicavam, na terça-feira ao fim da manhã, com a maioria dos votos contabilizados, que o candidato Pedro Castillo mantinha uma pequena vantagem.
Com 96,41% das actas eleitorais contabilizadas, Castillo, candidato do Peru Livre, apoiado pelas forças de esquerda, incluindo o Partido Comunista Peruano e o Partido Comunista do Peru (Pátria Roja), seguia à frente da sua adversária Keiko Fujimori, da Força Popular, candidata do neoliberalismo e da ultradireita.
Segundo a Oficina Nacional de Processos Eleitorais (ONPE), Castillo tinha obtido 8.575.142 votos válidos, correspondentes a 50,28%. Por sua parte, Fujimori contava com 8.477.047 votos, equivalentes a 49,71% dos sufrágios validados. Uma diferença de pouco mais de 98 mil votos.
Anteriormente, na segunda-feira à noite, Castillo dirigiu-se aos seus simpatizantes na sede do Peru Livre, na capital, Lima. «Não nos cansaremos de repetir que só o povo salvará o povo», reiterou Castillo, no meio de saudações de vitória dos seus apoiantes, que entoavam cânticos e lançavam fogo-de-artifício. O professor primário e ex-líder sindical destacou a «valentia» dos representantes de Peru Livre nas mesas de voto e elogiou a «vigília cidadã pela democracia» que os seus apoiantes levam a cabo no exterior da ONPE, em Lima.
Pouco antes, a candidata neoliberal, Keiko Fujimori, denunciou uma alegada fraude em mesas de voto, com base em supostos factos ocorridos no dia da eleição, atribuindo-os aos partidários de Castillo. Sinal de que a direita, a confirmar-se a sua derrota nas urnas, poderá não aceitar os resultados.
Morena e aliados
triunfam do México
No México, o Morena (Movimento Regeneração Nacional), a que pertence o presidente López Obrador, e os seus aliados, o Partido do Trabalho e o Partido Verde Ecologista, integrantes da coligação «Juntos Fazemos História», venceram as eleições intermédias de domingo, 6, derrotando a coligação à direita entre o PAN, o PRI e o PRD.
Foi o maior processo eleitoral do país, com milhares de candidatos a mais de 20 mil cargos federais, estaduais e municipais. Participaram cerca de 52% dos 93,5 milhões de eleitores inscritos, que escolheram meio milhar de parlamentares, 15 dos 31 governadores de Estado e membros de 30 congressos locais e 1900 municípios. Em 2024, realizam-se eleições presidenciais.
O Morena e os seus aliados poderão conquistar 292 dos 500 assentos da Câmara de Deputados (tinham 313), assegurando a maioria. Poderão também eleger mais a maioria dos 15 governadores que foram a votos.