Aproveitando a presença em Vila Franca de Xira, onde acompanhou os trabalhos do 12.º Congresso da JCP, Jerónimo de Sousa visitou no sábado o Museu do Neo-realismo. Para o dirigente comunista, a sua presença significava desde logo um estímulo à necessária valorização e revitalização dos museus, após um longo período em que estiveram encerrados: «precisamos daquela memória toda que ali está guardada», realçou o Secretário-geral do PCP, sublinhando ainda a importância do trabalho de todos quantos estão ligados aos museus – dos restauradores e conservadores aos vigilantes – para a transmissão do conhecimento, da história e da cultura nacionais.

Jerónimo de Sousa visitou a exposição Representações do Povo, que ficará patente até Abril de 2022, propõe-se reflectir como vários artistas (próximos ou não do Neo-realismo) representam o povo, na relação com os seus diferentes contextos geográficos e históricos. Apresenta obras de seis artistas: Domingos António Sequeira, Rafael Bordalo Pinheiro, Augusto Gomes, Tereza Arriaga, Graça Morais e Jorge Pinheiro, cuja obra – que dá mote à exposição – evoca o assassinato pela GNR, em 1979, dos comunistas António Casquinha e José Geraldo (Caravela) numa acção em defesa da Reforma Agrária.