Construir soluções e o futuro do concelho de Setúbal
Uma imensa moldura humana assistiu no dia 5 à apresentação dos candidatos da Coligação PCP-PEV a presidente da Câmara e Assembleia Municipal de Setúbal, respectivamente, André Martins e Manuel Pisco. «A CDU vale a pena», assegurou Jerónimo de Sousa.
A mobilidade será um dos grandes desafios do próximo mandato
Ao final daquela tarde, junto ao coreto da avenida mais emblemática daquela cidade estiveram muitas centenas de pessoas, manifestando um apoio à CDU que cresce de dia para dia.
Presentes estiveram diversos elementos do movimento associativo, de instituições e outras estruturas populares, órgãos representativos dos trabalhadores, bem como diversas personalidades da Anunciada, São Julião, Santa Maria, Gâmbia, Ponte, Alto da Guerra, Sado, São Lourenço, São Simão de Azeitão e São Sebastião. Além de eleitos dos órgãos autárquicos, também não faltaram os trabalhadores da Câmara Municipal de Setúbal (CMS) e das juntas de freguesia do concelho.
Em representação das forças que formam a CDU estiveram João Geraldes, presidente da Comissão Directiva da Associação Intervenção Democrática, Heloísa Apolónia, da Comissão Executiva do Conselho Nacional do Partido Ecologista «Os Verdes», e Jerónimo de Sousa, Secretário-geral do PCP. Presente esteve também José Oliveira, da Juventude CDU.
O arranque da acção contou com a actuação do cantor Toy, um dos «embaixadores» que promove a terra do «rio azul» no País e no estrangeiro. Ali interpretou dois dos seus temas mais conhecidos.
Seguiu-se a intervenção de Maria das Dores Meira, actual presidente da CMS e candidata ao mesmo cargo em Almada. «Este é o dia muito especial», onde se «inicia mais uma etapa desta viagem por mais Setúbal», afirmou a eleita do PCP. Sobre o candidato André Martins, disse ser «um homem sério, capaz, com uma visão inovadora do que deve ser a cidade e todo um território administrado por uma Câmara Municipal». Maria das Dores Meira falou também do seu «amigo e camarada» Manuel Pisco: «outro homem com provas dadas», que, depois, tomou a palavra para afirmar que aquele acto foi «um compromisso público de garantia de continuidade do trabalho das equipas da CDU e do seu projecto consolidado, de serviço público e de bom trabalho ao serviço das populações».
O candidato a presidente da Assembleia Municipal, actual vereador no executivo camarário, elencou algumas obras e projectos mais emblemáticos, nomeadamente o novo Terminal Interface, que vai concentrar os modos rodoviário e ferroviário; a criação de novos espaços verdes, como o Parque da Várzea; novas infra-estruturas desportivas e o desenvolvimento dos desportos náuticos; mais equipamentos de dinamização cultural; a requalificação dos bairros dos Pescadores e Grito do Povo; a requalificação dos equipamentos culturais, como o Fórum Luísa Todi e as bibliotecas municipais; a descentralização de competências para as juntas de freguesia.
Pagar os erros do passado
André Martins recordou a «desastrosa situação financeira da CMS» encontrada em 2002 pela CDU: «ainda hoje estamos a pagar os erros de um passado já distante, mas bem presente nas contas do município, através do Contrato de Reequilíbrio Financeiro que só termina em 2023». «A situação era dramática e, por isso, fomos obrigados a cobrar taxas máximas», sublinhou, dando ainda conta de outras realidades, como a falta de meios e a desorganização dos serviços municipais; o comercio da baixa tinha entrado em definhamento; o abastecimento de água havia sido entregue em concessão a privados por 25 anos, uma situação, assegurou o candidato, que «vai ser revertida».
De olhos postos no futuro, André Martins revelou que a «mobilidade sustentável» será «uma das mais fortes apostas» da CDU, através de «uma linha de trabalho que aposta na garantia de mais e melhores transportes urbanos e na criação das melhores condições para o uso dos modos suaves na deslocação». Destaque para a impactante e importante obra, projectada para a zona ribeirinha, de construção de novo interface rodoferroviário e fluvial nas Fontinhas, acção que implica a demolição do viaduto que ali existe e garantir o acesso ferroviário, com prolongamento ao Politécnico.
A salvaguarda do importante e diversificado património natural; o fomento da prática desportiva e de lazer; construção de novos equipamentos culturais e desportivos, são outras das prioridades, a que se junta a erradicação das barracas e das habitações sem condições para a vida humana. Em negociação com o Estado está, igualmente, a construção de habitações com renda assistida.
Mais CDU para dar força à luta
No final, o Secretário-geral do PCP referiu que a apresentação dos candidatos André Martins e Manuel Pisco «marca um importante momento» no percurso «de afirmação da CDU e do seu inegável papel na construção de um concelho e de uma cidade onde dá gosto viver».
«Não é um momento de partida ou de chegada, mas sim de continuada intervenção, trabalho e obra reconhecidos por quem aqui vive e trabalha», valorizou Jerónimo de Sousa, salientando que o concelho de Setúbal «teve e tem na CDU a garantia de uma gestão ao serviço do bem-estar, da elevação das condições de vida, de qualificação da cidade».
Nas suas palavras também não foram esquecidos os «anos de retrocesso com a passagem do PS pela gestão da autarquia, com os prejuízos que então se conheceram e que conduziram a que novamente pela mão da CDU se retomasse os padrões de uma gestão pública à altura do que o concelho merece».
«A obra que ao longo destes sucessivos mandatos está à vista é tão mais valorizável quanto as energias que foi preciso concentrar para recuperar uma autarquia deixada pelo PS numa situação financeira desastrosa e um lastro de problemas acumulados e por resolver», acusou o Secretário-geral do PCP.