«Não há desculpas para retrocessos! Viver direitos, vencer violências», lê-se num documento editado pelo MDM, onde se acentua: «Não se combate a pandemia agravando as desigualdades e a pobreza das mulheres e suas famílias». Entre outros problemas denunciados, o movimento alerta para o facto de a precariedade atingir as mulheres jovens e a imensa maioria daquelas que ficam sem trabalho e sem salário e de muitas mulheres terem ficado privadas de rendimento com o encerramento de milhares de micro e pequenas empresas. Outras perderam um terço do salário para ficar em casa a acompanhar os filhos porque as creches e escolas estão encerradas.

Para «enfrentar a epidemia» e «cumprir os direitos das mulheres» o MDM propõe, por exemplo, o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS); valorizar os salários e o salário mínimo nacional, garantir salário igual para trabalho igual; proibir o despedimento de quem esteja com contratos precários; garantir a assistência à família com pagamento de salário a 100 por cento; alargar a protecção social no desemprego e na doença, na melhoria do abono de família, no aumento das pensões de reforma e de apoio às pessoas com deficiência.

O Dia Internacional da Mulher foi instituído em 1910 por proposta da revolucionária alemã Clara Zetkin, e no ano seguinte as mulheres organizaram grandes manifestações em vários países para exigir direitos políticos, melhores salários e condições de vida.

Semana da Igualdade

A nível nacional e abrangendo a generalidade dos sectores de actividade, a CGTP-IN promove entre 8 e 12 de Março a «Semana da Igualdade». Iniciativas nos locais de trabalho e nas ruas, darão corpo ao lema «Defender a saúde, dignificar o trabalho, avançar na igualdade».

O programa é divulgado hoje, em conferência de imprensa, pela Comissão da CGTP-IN para a Igualdade entre Mulheres e Homens.