EUA suspendem saída parcial de tropas da Alemanha
A decisão tomada pela administração Trump de retirar 12 mil soldados norte-americanos estacionados na Alemanha foi suspensa até que o novo chefe do Pentágono, Lloyd Austin, a reexamine e apresente um relatório sobre o assunto ao presidente Joe Biden.
O anúncio foi feito pelo general Tod Wolters, comandante-chefe das forças norte-americanas na Europa, no dia 3, durante uma conferência de imprensa telefónica com vários órgãos de informação. «A planificação que estava em curso pela iniciativa precedente foi suspensa a fim de que o nosso secretário de Defesa e a sua administração possam proceder a um exame aprofundado de tudo o que se passou até ao momento em que Loyd Austin assumiu o comando», afirmou Wolters, que é também o comandante das forças da NATO na Europa.
A retirada prevista compreendia a transferência do comando norte-americano na Europa de Estugarda para a Bélgica e o regresso aos EUA do 2.º Regimento de Cavalaria, actualmente baseado na cidade alemã de Vilseck. Ao todo, seis mil soldados norte-americanos deviam deixar a Alemanha para regressar aos EUA e outros tantos seriam recolocados na Polónia e nos países bálticos, no quadro da estratégia norte-americana de afrontar a Rússia junto das suas fronteiras. Tinha sido noticiado que a sede do Africom, o comando militar dos EUA para África, sairia também da Alemanha. Neste país permaneceriam, contudo, 25 mil militares norte-americanos.
A suspensão da retirada de parte das tropas dos EUA da Alemanha, entretanto confirmada pelo presidente Joe Biden, foi saudada por Berlim. «O governo alemão aplaude esta decisão e seguirá atentamente o desenvolvimento da situação. (…) A presença das tropas dos EUA na Alemanha contribui para a segurança transatlântica e europeia e corresponde aos nossos interesses», declarou o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert.