Luta em Lisboa no dia 2 em defesa da refinaria de Matosinhos

ECONOMIA Uma nova acção de luta vai ter lugar em Lisboa, na terça-feira, 2, em Lisboa, contra a decisão da administração da Petrogal (Grupo Galp Energia), apadrinhada pelo Governo, de fechar em 2021 a refinaria de Matosinhos.

Activo estratégico da região e do País

Nesta acção vão participar trabalhadores das duas refinarias (Porto e Sines) e dos serviços centrais. Para as 10h00 está marcada uma tribuna pública frente à sede da Petrogal e do grupo, nas Torres de Lisboa, seguindo-se uma iniciativa similar, às 12h00, junto à residência oficial do primeiro-ministro.

Segundo a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, a Fiequimetal/CGTP-IN e os sindicatos SITE Norte, SITE CSRA, SITE Sul e SICOP, «aquilo que move a administração não são as preocupações ambientais, nem o abrandamento económico provocado pela pandemia, nem a transição energética», mas sim os «fundos comunitários com que o Governo» acenou à administração da Petrogal, que, ao contrário do que assumiu em 2019, recusa-se a apresentar um projecto alternativo para o futuro da refinaria do Porto, no âmbito do «Roteiro para a Neutralidade Carbónica».

Tendo em conta os «superiores interesses locais e nacionais» e os «lucros obscenos que o Grupo Galp Energia arrecada desde a sua criação», os trabalhadores e as suas organizações representativas consideram «urgente» o retorno da empresa ao controlo público, bem como «reverter» a decisão da administração da Petrogal de encerrar a refinaria em Matosinhos, mantendo a sua produção específica essencial, com os seus actuais postos de trabalho.

Outra das exigência passa por «investir» no complexo industrial, de forma a proporcionar uma transição para novas tecnologias de produção, tendo em vista a redução da pegada de carbono de forma sustentada e a médio prazo, com adequados programas de formação dos seus trabalhadores, permitindo assim a continuidade das instalações em funcionamento, à medida que se for avançando na produção de matérias-primas realmente renováveis.

 



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