No ano de 2020, apesar das di­fi­cul­dades acres­cidas, a or­ga­ni­zação e a acção dos tra­ba­lha­dores, em es­pe­cial a apre­sen­tação de ca­dernos rei­vin­di­ca­tivos, re­sul­taram na pas­sagem de cerca de 400 tra­ba­lha­dores aos qua­dros de efec­tivos em vá­rias em­presas.

Numa nota de ba­lanço, pu­bli­cada pelo sin­di­cato da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN, re­fere-se ainda que, com o seu apoio ju­rí­dico, foi con­se­guida a rein­te­gração de cinco tra­ba­lha­dores des­pe­didos. As in­dem­ni­za­ções pa­tro­nais atri­buídas a cerca de 20 tra­ba­lha­dores ul­tra­pas­saram 160 mil euros. Estão a de­correr 80 pro­cessos de con­tes­tação da pre­ca­ri­e­dade do vin­culo la­boral.

Em grande parte dos casos co­lo­cados no sin­di­cato, o pa­tro­nato usou e abusou da des­culpa da crise ge­rada pela pan­demia, pro­cu­rando jus­ti­ficar a quebra do vín­culo la­boral, o que, para o SITE Sul, é uma con­sequência di­recta da le­gis­lação la­boral em vigor, mas também das po­lí­ticas e me­didas le­vadas a cabo pelo Go­verno desde o início da pan­demia.

No pe­ríodo de con­fi­na­mento entre Março e Abril, apenas no âm­bito do SITE Sul, re­gistou-se o des­pe­di­mento de cerca de três mil tra­ba­lha­dores.

Para que este ce­nário de razia de postos de tra­balho não se re­pita agora, o sin­di­cato re­clama me­didas que efec­ti­va­mente as­se­gurem a ma­nu­tenção de todos os vín­culos la­bo­rais (in­cluindo tra­balho tem­po­rário) nas em­presas, em es­pe­cial na­quelas que usu­fruem de me­didas de apoio lan­çadas pelo Go­verno.