Não obstante o decréscimo da produção agrícola devido à COVID-19, o sector mostra hoje alguma capacidade de recuperação, afirma a Organização Mundial do Comércio (OMC), com sede em Genebra.

O director-geral adjunto desse organismo, Alan Wolff, destacou a resiliência da produção e comércio agro-pecuários perante a crise provocada pela pandemia. Isso deve-se em grande parte à natureza essencial dos alimentos e ao papel do comércio na alimentação dos povos, realçou durante uma intervenção no 13.º Fórum Mundial sobre a Alimentação e a Agricultura, celebrado no dia 22, em Berlim.

Wolff assinalou que 2020 foi um ano difícil, com uma crise de saúde sem precedentes, além de outros desafios como padrões climáticos extremos, pragas e doenças, tensões geopolíticas e uma população mundial em crescimento que exige alimentação adequada.

Disse que se estima uma redução do Produto Interno Bruto mundial em 4,2 por cento no ano passado, uma das maiores quedas nas últimas décadas, lançando milhões de pessoas na pobreza e minando os esforços para cumprir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030.

A pandemia pressiona os responsáveis à abertura dos mercados com transparência e a criar condições equitativas que ajudem o sector agro-pecuário a enfrentar os desafios actuais e futuros de maneira eficaz e sustentável, precisou Wolff.

No comunicado final do 13.º Fórum Mundial, os 70 ministros da Agricultura participantes defenderam a minimização de riscos para a segurança alimentar e a manutenção da abertura do comércio, dos mercados e das cadeias de fornecimento e distribuição de alimentos.