O trabalho e os trabalhadores em primeiro para João Ferreira
CANDIDATURA Colocar-se ao lado de quem cria riqueza e bater-se pela sua valorização é o que se exige do Presidente da República (PR), enfatizou João Ferreira em acções de campanha a semana passada.
De um PR se espera que reconheça a centralidade dos trabalhadores
A centralidade do trabalho e dos trabalhadores e a materialização do seu reconhecimento como elemento central do exercício dos poderes do PR, aliás em linha com a letra e o espírito da Constituição da República, estiveram em destaque nas iniciativas do candidato apoiado pelo PCP.
Dia 22, manhã cedo, João Ferreira contactou com trabalhadores da Lisnave, empresa onde, sublinhou, a qualificação dos operários e quadros técnicos, reconhecida em todo o mundo, contrasta com a precariedade, expressa na existência de autênticas praças de jorna modernas.
«Os sectores que garantem a produção nacional e aqueles que lá trabalham devem merecer, da Presidência da República, uma especial atenção, pois são uma vertente essencial do desenvolvimento do País», enfatizou, ainda, o candidato.
No mesmo dia, João Ferreira visitou o Museu do Trabalho, em Setúbal. Local, realçou, no qual «é particularmente notável a importância da indústria conserveira na história desta região», mas também «a forma como este sector, que chegou a representar mais de 100 fábricas, tem sido desvalorizado».
No final da visita, o candidato à chefia do Estado encontrou-se com dirigentes sindicais, que lhe expuseram a grave situação social que enfrentam os trabalhadores do distrito de Setúbal – confrontados com o desemprego, a precariedade, a quebra de rendimentos que já eram baixos, entre outras questões.
Na ocasião, João Ferreira reiterou, por isso, que «de um PR espera-se que reconheça a centralidade dos trabalhadores e da produção nacional para o desenvolvimento do País, condição fundamental para que possamos abrir um horizonte de esperança para Portugal».
Saudação
Antes, dia 21, João Ferreira divulgou nas páginas da sua candidatura uma saudação aos trabalhadores do comércio, em particular às mulheres, maioritárias no sector.
Trabalhadores que fazem parte do Natal de todos nós, mas que carecem da devida valorização, já que sobrevivem «com baixos salários e enfrentam enormes dificuldades de compatibilização da vida profissional com a vida familiar».
João Ferreira reafirmou, assim, «o compromisso da sua candidatura para com a valorização do trabalho e dos trabalhadores, pela melhoria dos seus salários e o respeito integral dos seus direitos».
Defender o Património
No périplo por Setúbal, dia 22, João Ferreira visitou o Convento de Jesus, constatando o assinalável trabalho de recuperação e restauração deste monumento, realizado pela Câmara Municipal de Setúbal, em virtude da desresponsabilização do Governo.
Aproveitou, por isso, a ocasião para reiterar a necessidade de «defesa do nosso património», o que, de resto, está consagrado Constituição, e reclamou «outra intervenção por parte do Presidente da República neste âmbito».
Orçamento para uma campanha mobilizadora
Em resposta à solicitação de vários órgãos de comunicação social, o gabinete de imprensa da candidatura de João Ferreira chamou a atenção para o facto de o orçamento previsto para a campanha representa uma redução do conjunto das despesas em quase metade do valor do orçamentado na candidatura apoiada pelo PCP nas anteriores eleições presidenciais.
«Após a formalização da candidatura a Presidente da República, a 10 de Dezembro, com a entrega no Tribunal Constitucional de 15.000 proposituras, o máximo permitido por lei, a candidatura de João Ferreira entregou o Orçamento das despesas e receitas da campanha eleitoral».
Um orçamento que, sendo «uma previsão que procura incluir todas as possibilidades, e que vai sempre além dos valores das despesas efectivas», corresponde a «uma campanha que, mesmo nas actuais circunstâncias, exige contacto com os trabalhadores e as populações, o envolvimento de todos quantos apoiam esta candidatura em acções de esclarecimento e mobilização para o voto», esclarece-se ainda na nota divulgada, antes de se sublinhar que, para esta candidatura, «os cidadãos não são meros assistentes ou espectadores, devem ser participantes», o que «envolve, ainda mais na actual situação, despesas que permitam uma ampla informação, contacto e participação».
Apoios a crescer
Nos últimos dias, nas páginas da candidatura de João Ferreira foram divulgados vários apoios. É o caso do vínculo de mais de uma centena de trabalhadores das grandes superfícies, «um sector que, em contraste com os lucros milionários destas empresas, se encontra fortemente marcado por baixos salários e pela desregulação de horáriose que, nesta época do ano, sofre ainda com a intensificação brutal dos ritmos de trabalho», lembrou o candidato, sublinhando que «ao PR cabe estar ao lado dos trabalhadores nesta luta por salários dignos e pela conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar, fazendo cumprir estes direitos consagrados na Constituição».
Impressivo apoio foi divulgado, também nas páginas da candidatura de João Ferreira, por parte do povo e dos trabalhadores de Beja, que trouxeram para a rua, com genuína alegria e determinação, a confiança na candidatura que se propõe abrir um horizonte de esperança.