A Autonomia pode contribuir ainda mais para o desenvolvimento da Madeira
INSULARIDADE Numa visita de três dias ao arquipélago da Madeira, João Ferreira realizou um vasto conjunto de reuniões e encontros, dos quais saiu mais conhecedor dos principais problemas que afectam aquelas populações.
As potencialidades da Autonomia não estão plenamente aproveitadas
A evolução preocupante do desemprego, a diminuição significativa dos rendimentos de muitas famílias e as tentativas de aproveitamento abusivo da situação sanitária para pôr em causa direitos e impor retrocessos laborais e sociais, foram questões denunciadas pela União dos Sindicatos da Madeira, simbolicamente a primeira estrutura com que João Ferreira esteve reunido no arquipélago. Para além dos apoios que possam ser mobilizados pela Região, justificam-se os devidos apoios nacionais para as micro e pequenas empresas e para garantir os direitos dos trabalhadores, defendeu o candidato.
Noutros momentos do seu périplo pela Região Autónoma, João Ferreira reuniu com o Representante da República, Irineu Barreto, e com o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues.
Aprofundar a Autonomia
Na sessão pública realizada na tarde de dia 13 na Universidade da Madeira, com o significativo lema «A Autonomia e os Valores de Abril», o candidato destacou as possibilidades que a Autonomia consagrada na Constituição da República abre para o desenvolvimento regional, nem sempre aproveitadas cabalmente.
João Ferreira considerou, na ocasião, ser possível ir «muito mais longe» na solidariedade da República para com a Região, designadamente em áreas como os transportes, o apoio ao desenvolvimento, os direitos laborais e sociais. Em tempo de crise sanitária, muito mais deve ser feito para defender e reforçar o Serviço Regional de Saúde.
No domingo, ao regressar de Porto Santo, o candidato a Presidente da República visitou o Centro de Artes Francisco Simões, assumindo a Cultura como um direito fundamental que requer a existência de condições para a criação e fruição.
Dupla insularidade
No Porto Santo, onde esteve no sábado, 14, o candidato realçou o valor estratégico dos transportes aéreos e marítimos, acrescido naquele caso de evidente dupla insularidade. A privatização da TAP e dos aeroportos revelou-se particularmente negativos para a população da região, e sobretudo a de Porto Santo, particularmente afectada pela suspensão dos voos da companhia aérea nacional do e para o continente.
Para o candidato, é urgente o reforço das ligações, reforçando a sua frequência, adaptando os seus horários às necessidades das populações e criando outras opções de mobilidade. Os aeroportos e o transporte aéreo são estratégicos para assegurar a continuidade territorial do País e o direito à mobilidade. João Ferreira esteve ainda reunido com a Capitania do Porto do Porto Santo, com o Comandante da Polícia Marítima e com a Força Aérea Portuguesa, ficando a par do importante trabalho desenvolvido na ilha pelas Forças Armadas, tanto nas funções de soberania como no apoio às populações.