AKEL luta pela unidade de Chipre nos 60 anos da independência
UNIDADE Chipre assinalou a 1 de Outubro o 60.º aniversário da independência e o AKEL (Partido Progressista do Povo Trabalhador) fez um apelo à luta em defesa da República de Chipre e contra a divisão da ilha imposta pela Turquia.
AKEL defende recomeço urgente de negociações sobre o Chipre
«Por ocasião do 60.º aniversário da independência cipriota, o AKEL honra e presta tributo a todos aqueles que ao longo destas seis décadas defenderam a República de Chipre nos campos de batalha, nas lutas populares e políticas e na frente diplomática. Rende homenagem aos heróis da luta anticolonial [contra a Grã-Bretanha], aos mártires da amizade entre cipriotas gregos e cipriotas turcos, aos combatentes da resistência democrática antifascista e aos heróis que caíram lutando contra a invasão turca», lê-se num comunicado do Comité Central do AKEL.
«Apesar de toda a subversão interna e externa, apesar da ocupação ilegal e da divisão de facto causada pelos crimes ligados tanto ao traiçoeiro golpe de Estado [em 1974, pela ditadura militar grega] como à bárbara invasão turca [que se seguiu ao golpe], a República de Chipre não foi abolida como estava previsto nos planos da NATO sob o disfarce dos conceitos ideológicos da enosis [união de Chipre com a Grécia] e da partição [a divisão da ilha, cuja parte Norte foi ilegalmente ocupada pela Turquia]. A República de Chipre não está “extinta” como a potência ocupante e Erdogan teriam desejado, mas é reconhecida internacionalmente e o único Estado legítimo da ilha. A República de Chipre é um Estado independente, a casa comum dos cipriotas gregos e cipriotas turcos, um escudo da unidade do nosso povo, a nossa força na luta pela liberdade e independência», reafirma o AKEL.
Defendendo «a unidade de cipriotas gregos e cipriotas turcos, para que juntos possamos libertar-nos das imposições externas e alcançar a independência completa da nossa pátria», o AKEL considera que só com a solução do problema de Chipre no quadro de um acordo, só com a libertação e reunificação de Chipre «podem alvorecer dias de paz permanente e segurança para o nosso povo».
Por isso, defende, «é urgente retomar negociações substantivas sobre o problema de Chipre», na base de um acordo, a partir do ponto em que elas ficaram nas conversações inter-cipriotas, na Suíça, em 2017.
O 60.º aniversário da independência de Chipre «ocorre quando o nosso país e o povo enfrentam uma escalada sem precedentes da agressão da Turquia e, ao mesmo tempo, quando o perigo de uma divisão final da nossa ilha nunca foi tão perceptível», alerta o AKEL. Assim, dirige a todo o povo cipriota «uma mensagem de unidade e luta inquebrantável no sentido de enfrentar os desafios e evitar a divisão», garantindo que, 60 anos depois da independência do país, o AKEL «continua orgulhosamente a erguer a bandeira de Chipre».