Para a CDU, a aceitação da transferência de competências da Educação, mas também da Saúde e da Acção Social, «representa a assunção de competências que são da responsabilidade do Estado e não do Poder Local».

«Esta transferência de competências implica o aumento de encargos para as autarquias locais e, a médio e longo prazo, condiciona a garantia de uma Educação que se pretende pública, gratuita e de qualidade para todos», afirmam os eleitos da Coligação PCP-PEV, que saúdam «o esforço incansável dos trabalhadores, sejam eles professores ou auxiliares de educação, bem como todo o trabalho de limpeza, manutenção, conservação e desinfecção dos diferentes espaços escolares realizados pelos funcionários das juntas de freguesia».

Em nota de imprensa divulgada no dia 24 de Setembro, salienta-se ainda «a falta de planeamento e de articulação» da Câmara com as juntas de freguesia e as escolas básicas do 1.º ciclo com pré-escolar, «de modo a preparar com a devida antecedência o início do ano lectivo, nomeadamente na concepção, impressão e colocação de sinalética, na entrega de máscaras e de gel desinfectante e na elaboração dos planos de transporte».

Em relação ao transporte escolar, os eleitos da CDU referem que «algumas situações foram resolvidas na véspera» e «muitas» estão «por resolver», como as que afectam os alunos que moram nas freguesias rurais do concelho e frequentam as escolas secundárias na cidade de Beja.

Neste sentido, a CDU apela às populações que se organizem na luta pela rejeição da transferência de competências, exigindo e reivindicando a Escola Pública, gratuita, de qualidade a que todos temos direito, como uma função social do Estado.