É a 4, 5 e 6 de Setembro a Festa do Avante!

«A Festa deve realizar-se?». «Esta Festa deve acontecer?». «Faz ou não sentido a Festa do Avante acontecer?». «E se acontecer?». «Há aqui uma excepeção para o PCP e para a Festa do Avante!?». «Isso [a realização da Festa] não faz do PCP um privilegiado?». «Não devia haver uma harmonização das regras para que espectáculos semelhantes pudessem também acontecer?». «Tem havido aqui dualidade de critérios?». «Mas há aqui dois pesos e duas medidas?». «Porque o Governo, a Direcção Geral de Saúde têm tolerado estas manifestações de força por parte do Partido Comunista Português?». «Faz ou não faz sentido que o diploma promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa em finais de Maio não proíba os eventos de cariz político?». «Há aqui de facto o risco desta Festa do Avante! ser o combustível para o aumento do número de casos quando sabemos que em Setembro e em Outubro há uma enorme probabilidade de o número de casos poder vir a aumentar?».

Estas têm sido algumas das perguntas, e que formuladas para induzir as respostas que se insiram na estigmatização da Festa e da actividade do PCP, jornalistas, opinadores e comentadores têm repetido em uníssono.

Espaços de comentários diários sobre a Festa; espaços de opinião pública que repetem o tema uma e outra vez; notícias diárias imediatamente a seguir ou após o anúncio dos números nacionais relacionados com o surto epidémico; abertura de jornais das 20h; títulos de 1.ª página de jornais. A Festa está em todo o lado como nunca esteve e com imagens que nunca mereceram ser passadas noutros anos.

Quando o Partido fala de «campanha contra a Festa do Avante! pretendendo a sua estigmatização» logo se erguem vozes de directores em televisões e editoriais em jornais dizendo que lá está o PCP a vitimizar-se, ignorando a irresponsabilidade que é a realização da Festa do Avante!, um Partido que devia primar pelo exemplo dos outros que suspenderam as suas iniciativas e eventos. Ao mesmo tempo que se omite a fruição das praias, os inúmeros espectáculos, as cerimónias religiosas ou as anunciadas provas de Fórmula 1 com milhares de pessoas, que estão legítima e naturalmente a ter lugar.

Hipocrisia, calúnias, mentiras de toda a ordem, entre elas a que o Partido privilegia mais a sua saúde financeira do que saúde dos portugueses. Num dia temos a Festa que rende 2 milhões, que, sublinhe-se, em anos anteriores dava prejuízo, noutro que a Festa vai ter um prejuízo de x a propósito da definição do número de presenças em simultâneo na Festa em ⅓ da capacidade licenciada. Num dia o Partido intransigente, teimoso, noutro o Partido que cedeu às críticas.

O alvo está para lá da Festa. O que se quer atacar é o PCP, a sua actividade, o seu papel insubstituível na defesa dos trabalhadores e do povo. O PCP tem estado, desde a primeira hora, na vanguarda do combate aos aproveitamentos da epidemia para agravar as condições de vida dos trabalhadores e do povo português, limitar e atacar direitos. Foi assim no 25 de Abril, foi assim no 1.º de Maio, foi assim nas inúmeras denúncias realizadas e na acção no plano institucional, nas ruas e nas portas das empresas e locais de trabalho.

A Festa do Avante!, pelo que representa de mensagem de esperança, de resistência ao medo e à resignação, de mobilização para a luta e o combate que são cada vez mais necessários, tem por todos os meios de ser atacada. Nada que surpreenda.

Mas não será toda esta campanha que fará este enorme e generoso colectivo partidário recuar na realização da Festa que o povo português tornou sua. A 4, 5 e 6 de Setembro as suas portas estarão abertas e a Quinta da Atalaia será espaço de alegria, de confiança de mobilização para os combates que teremos pela frente.

A realização da Festa é o melhor exemplo que o PCP pode dar ao povo português de defesa e exercício dos direitos.




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