Pela valorização dos intérpretes de língua gestual
A necessidade de regulamentar a profissão de intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP) voltou a ser sublinhada pelo PCP, para quem estes profissionais têm um «papel fundamental» enquanto elo de ligação entre as pessoas surdas e as pessoas ouvintes e mesmo entre pessoas surdas e o acesso a serviços públicos.
«Contribuem para ultrapassar obstáculos comunicacionais que persistem e que excluem as pessoas surdas», sublinhou a deputada comunista Diana Ferreira em recente debate parlamentar suscitado por uma petição (com mais de quatro mil subscritores a reivindicar precisamente a referida regulamentação daquela profissão), que foi acompanhada por iniciativas legislativas visando aquele objectivo, entre elas uma da autoria do PEV.
Em causa está o facto de continuar por regulamentar a profissão tal como previsto na legislação que veio definir as condições de acesso e exercício de intérprete de língua gestual (Lei 89/1999), que aliás resultou de um projecto de lei do PCP.
Entendendo que esta é uma «responsabilidade primeira» do governo, Diana Ferreira criticou o facto de quer o actual quer os que o antecederam nos últimos mais de 20 anos terem ignorado tal incumbência.
Corroborando da importância que tem a LGP e a necessidade de a dignificar, a parlamentar comunista deixou ainda o compromisso do PCP em prosseguir a sua intervenção no sentido da valorização daqueles profissionais, o que passa não só pela regulamentação da profissão mas também pelo seu «efectivo reconhecimento e pela consideração de um conjunto de especificidades desta profissão para prevenir o surgimento de doenças profissionais e minimizar o desgaste inerente à mesma».