Plenários expressivos na Carl Zeiss
Depois de a administração da Carl Zeiss, em Setúbal, ter decidido romper as negociações salariais, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreiraconvocou plenários para os três turnos, nos dias 29 e 30 de Junho. Foi aprovada uma nova posição negocial, reafirmando a determinação na exigência de melhores salários.
O sindicato da Feviccom/CGTP-IN, ao anunciar que a definição de outras formas de luta dependeria da resposta patronal, numa reunião que estava marcada para 2 de Julho, recordou que a administração «tentou dissuadir a participação dos trabalhadores nos plenários», emitindo um comunicado a argumentar com o estado de calamidade e a proibição de ajuntamentos.
De imediato o sindicato respondeu, contrapondo que «as reuniões gerais de trabalhadores não são “ajuntamentos” na via pública e a actividade sindical nunca esteve suspensa em tempo de pandemia».
Os plenários «realizaram-se, como previsto, no espaço do parque de estacionamento da fábrica», tiveram «forte participação dos trabalhadores» e foram respeitadas as normas de segurança e saúde.
Leica pode aumentar
Com o final do lay-off, a Leica, em Vila Nova de Famalicão, vai receber mais de 340 mil euros como «incentivo financeiro extraordinário». Para a Feviccom, só esta verba permitiria um aumento salarial de 45 euros, para todos os trabalhadores, com efeitos a Janeiro, ou de 90 euros, a vigorar apenas no segundo semestre.
A federação, num comunicado de dia 2, salienta que «há dinheiro» e que «os trabalhadores merecem e exigem o aumento salarial que lhes é devido».