Continuam nos EUA manifestações contra o racismo

REVOLTA Na quarta semana após o assassinato de George Floyd às mãos da polícia, prossegue nos EUA a mobilização popular contra o racismo e as injustiças e desigualdades sociais, num quadro em que o surto de COVID-19 aprofunda a crise económica e social.

Houve protestos anti-racistas em 1600 cidades dos 50 Estados

LUSA


Os Estados Unidos da América continuam marcados pelos protestos, sobretudo de jovens, de diferentes origens, contra a brutalidade policial e a favor de justiça, após um fim-de-semana em que muitas cidades voltaram a ser cenário de grandes manifestações.

Quando passaram três semanas sobre o assassinato de George Floyd, às mãos de quatro polícias de Minneapolis, no Estado de Minnesota, as mobilizações populares desencadeadas por esse crime, filmado, mantêm as denúncias contra a brutalidade policial e chamam a atenção para novas mortes de cidadãos norte-americanos negros.

No domingo, 14, em Washington, milhares de manifestantes juntaram-se perto da Casa Branca numa acção organizada por uma igreja protestante e pela Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP), influente na luta pelos direitos civis. A caminhada começou no Museu Nacional de História e Cultura Afro-americanas e terminou na Praça Black Lives Matter (As vidas negras importam), nome dado recentemente pela presidente da câmara de Washington D.C., Muriel Bowser, a um troço de uma importante avenida da capital.

No mesmo dia, em Los Angeles, na Califórnia, milhares de pessoas reuniram-se no Passeio da Fama de Hollywood e marcharam juntas «em resposta directa à injustiça racial, ao racismo sistémico e a todas as formas de opressão».

Em Atlanta, na Geórgia, a indignação cresceu entre os participantes das manifestações após a morte, no dia 12, de Rayshard Brooks, cidadão norte-americano negro, de 27 anos, baleado com três tiros por polícias que tentaram prendê-lo e aos quais resistiu. O homicídio provocou a demissão da chefe da polícia da cidade e o despedimento do agente que disparou os tiros.

Segundo o diário USA Today, desde 25 de Maio registaram-se protestos em pelo menos 1600 cidades dos 50 Estados do país.

As autoridades estão, entretanto, a investigar, as mortes por enforcamento, inicialmente consideradas suicídios, de outros dois afro-americanos – Robert Fuller, de 24 anos, em Palmdale, no condado de Los Angeles, e Malcolm Harsch, de 38 anos, em Victorville, também na Califórnia.




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